Trudeau defende uso de poderes emergenciais em protestos contra vacinação obrigatória

Reuters

Publicado 25.11.2022 18:52

Por Anna Mehler Paperny

TORONTO (Reuters) - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foi perguntado nesta sexta-feira sobre sua decisão de utilizar poderes emergenciais raramente aplicados no país para encerrar os protestos que bloquearam a capital do país no início de 2022, em uma rara aparição de um primeiro-ministro em exercício em um inquérito público.

As manifestações do chamado "comboio da liberdade" eram contrárias a medidas de saúde pública, incluindo a obrigatoriedade da vacina, e bloquearam alguns pontos de cruzamento de fronteira por semanas em janeiro e fevereiro. 

Uma comissão que investiga o uso dos poderes do governo ouviu testemunhas sobre as justificativas para seu uso e os eventos que levaram a isso. 

"Eu estou absolutamente, absolutamente sereno e confiante de que fiz a escolha certa ao concordar com a invocação (dos poderes emergenciais)", disse Trudeau à comissão. 

Trudeau citou a ameaça de violência grave e o fato de que a polícia local não tinha um plano confiável para restaurar a ordem entre as razões que o levaram a invocar o ato, que não havia sido usado em sua forma atual desde sua criação nos anos 1980.

Defensores de liberdades civis argumentaram que o Canadá não tinha justificativa para usar o Ato Emergencial, dizendo que a polícia poderia ter liberado os bloqueios utilizando seus poderes existentes.