Balança comercial brasileira tem superávit de US$3,428 bi em novembro, pior para mês em 4 anos

Reuters

Publicado 02.12.2019 15:54

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 3,428 bilhões de dólares em novembro, pior desempenho para o mês desde 2015 (+1,177 bilhão de dólares) e marcado por retração de dois dígitos tanto nas exportações quanto nas importações, informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira.

O dado, contudo, veio acima da expectativa de um saldo positivo de 3,365 bilhões de dólares, conforme pesquisa Reuters com analistas.

No mês, as exportações caíram 16,0% pela média diária frente igual mês do ano passado, totalizando 17,596 bilhões de dólares.

As importações registraram igual queda na mesma base de comparação, somando 14,169 bilhões de dólares.

Em nota, o Ministério da Economia destacou que a queda nas exportações ocorreu principalmente pelo recuo nas vendas de plataforma de petróleo (-1,6 bilhão de dólares) e petróleo em bruto (-961 milhões de dólares), este último por uma diminuição tanto nas cotações quanto no volume embarcado.

Na quinta-feira passada, a secretaria de Comércio Executivo ajustou os dados contabilizados das exportações brasileiras no acumulado das quatro primeiras semanas de novembro, o que fez com que o saldo das trocas comerciais para o período passasse a um superávit de 2,7 bilhões de dólares, ante déficit de 1,099 bilhão de dólares apontado antes.

O ministério justificou que "foram detectadas inconsistências relacionadas à transmissão e à recepção dos dados para processamento das estatísticas de comércio exterior".

A pasta informou ainda que técnicos se debruçavam sobre os dados de outubro, quando o superávit da balança foi de 1,206 bilhão de dólares, dado mais fraco para o mês em cinco anos, impactado por uma queda acentuada nas exportações.

No acumulado dos onze meses do ano, a balança comercial ficou positiva em 41,079 bilhões de dólares, queda de 21,1% sobre igual etapa do ano passado. Este também foi o desempenho mais fraco para o período desde 2015 (+13,3 bilhões de dólares).