Cortes de emprego nos EUA crescem 319% ano a ano, em março, maior nível desde o 1T2020
Investing.com | Autor Senad Karaahmetovic
Publicado 06.04.2023 09:44
Atualizado 06.04.2023 13:48
Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - As empresas norte-americanas anunciaram quase 90.000 cortes de postos de trabalho em março, o que representa um aumento de cerca de 15% em comparação com fevereiro, de acordo com um relatório publicado pela Challenger, Gray & Christmas, Inc.
Os números de março também representam um aumento de 319% em relação aos 21.387 cortes de empregos anunciados no mesmo período do ano passado. Esse foi o terceiro aumento consecutivo mês a mês.
"Sabemos que as empresas entraram mais cautelosas em 2023, embora a economia dos EUA ainda esteja criando empregos. Com aumentos nas taxas de juros e as iniciativas corporativas de controle de despesas, a tendência é que essas grandes reduções de pessoal tenham continuidade", afirmou Andrew Challenger, vice-presidente da Challenger, Gray & Christmas, Inc.
No total, mais de 270.000 cortes de empregos foram anunciados no primeiro trimestre, um aumento de 396% em relação ao mesmo período do ano anterior. Também marca o maior volume total de demissões para o primeiro trimestre desde 2020.
Como esperado, o maior nível de demissões ocorreu no setor de tecnologia, que respondeu por 38% de todos os cortes. As empresas financeiras ficaram em segundo lugar, com 30.635 cortes.
"Os únicos anos em que o setor de tecnologia anunciou mais cortes de empregos do que neste ano foram em 2001, quando foram anunciados 168.395 cortes, e em 2002, quando 131.294 cortes foram registrados", segundo o relatório.
Cerca de 167.500 cortes de empregos estiveram ligados a "condições de mercado/econômicas", ao passo que outros 24.285 foram atribuídos a ações de "corte de custos". Outros 22.109 estavam relacionados a "fechamento de lojas, unidades ou departamentos".
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Escrito por: Investing.com
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