Criação de vagas de trabalho nos EUA deve ter desacelerado em julho, mas longe de níveis da recessão

Reuters

Publicado 05.08.2022 07:33

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos provavelmente desacelerou em julho, mas o ritmo ainda deve ter sido forte o suficiente para manter a taxa de desemprego em 3,6% por um quinto mês consecutivo, oferecendo a evidência mais forte até agora de que a economia não estava em recessão.

O relatório de emprego do Departamento do Trabalho, a ser divulgado nesta sexta-feira, deve pintar um quadro de uma economia que segue em frente, apesar de dois trimestres de contração do Produto Interno Bruto. Embora a demanda por mão de obra tenha diminuído em setores como habitação e varejo, que são sensíveis à taxa de juros mais alta, setores como aéreo e restaurantes não conseguem encontrar trabalhadores suficientes.

"(O mercado de trabalho) continua bastante saudável e não atende à definição ampla da Agência Nacional de Pesquisa Econômica de uma contração na economia", disse Sung Won Sohn, professor de finanças e economia da Universidade Loyola Marymount em Los Angeles.

A agência, árbitro oficial das recessões nos Estados Unidos, define uma recessão como "um declínio significativo da atividade econômica espalhada pela economia, durando mais de alguns meses, normalmente visível na produção, emprego, renda real, e outros indicadores".

Ainda assim, dados governamentais da semana passada mostrando um segundo trimestre consecutivo de PIB negativo - que atende a uma definição popular de recessão - têm alimentado um amplo debate sobre se a economia dos Estados Unidos está de fato em recessão.