Déficit comercial dos EUA toca mínima em 1 ano e meio e pedidos de auxílio-desemprego recuam

Reuters

Publicado 05.12.2019 12:26

Déficit comercial dos EUA toca mínima em 1 ano e meio e pedidos de auxílio-desemprego recuam

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial dos Estados Unidos caiu para seu nível mais baixo em quase um ano e meio em outubro, sugerindo que o comércio pode contribuir para o crescimento econômico norte-americano no quarto trimestre, apesar de uma queda nas importações de bens de consumo sugerir desaceleração da demanda doméstica.

Ainda assim, é provável que os gastos do consumidor continuem sendo apoiados por um forte mercado de trabalho. Outros dados divulgados nesta quinta-feira mostraram que o número de norte-americanos que apresentaram pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, atingindo seu nível mais baixo em sete meses.

Os relatórios rebateram outros dados desta semana, que mostraram a atividade manufatureira recuando pelo quarto mês consecutivo em novembro, uma desaceleração do crescimento no setor de serviços e uma queda nos gastos com construção em outubro.

Os dados mais recentes sugerem que a economia estava crescendo a um ritmo moderado, e não a ponto de estagnar.

O Departamento de Comércio disse nesta quinta que o déficit comercial dos EUA caiu 7,6% em outubro, para 47,2 bilhões de dólares, menor nível desde maio de 2018, devido a uma queda nas importações e exportações de bens. Foi a segunda queda mensal seguida na conta de comércio, e a queda percentual foi a maior desde janeiro.

Os dados de setembro foram revisados para mostrar o déficit comercial diminuindo para 51,1 bilhões de dólares, em vez dos 52,5 bilhões relatados anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam que o déficit comercial recuaria a 48,7 bilhões de dólares em outubro.

As reduções nas importações e exportações sugeriram que a agenda "América Primeiro" da Casa Branca, marcada por uma guerra comercial de 17 meses com a China, está reduzindo os fluxos comerciais, o que no longo prazo é prejudicial ao crescimento doméstico e global.