Fed aumentará juros para 4% no próximo ano, diz Evans

Reuters

Publicado 10.08.2022 14:52

Por Ann Saphir

(Reuters) - O relatório do índice de preços ao consumidor norte-americano desta quarta-feira, mostrando que a inflação dos Estados Unidos não acelerou em julho, foi a primeira leitura "positiva" sobre as pressões de preços desde que o Federal Reserve começou a apertar a política monetária, disse o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, mesmo ao sinalizar que acredita que o banco central tem mais trabalho a fazer.

Com os preços ao consumidor inalterados no mês passado em relação a junho, mas com alta de 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, a inflação ainda está "inaceitavelmente" alta, e o Fed deve elevar sua taxa básica de juros, atualmente em faixa de 2,25% a 2,5%, para entre 3,25% e 3,5% neste ano e para 3,75% a 4% até o final do próximo ano, disse Evans.

As observações sugerem que Evans, entre os 19 banqueiros centrais que definem a política monetária dos EUA, espera em breve desacelerar o que tem sido a campanha mais acentuada de aumentos de juros do Fed em décadas. Embora ele não tenha sido explícito sobre se apoiaria uma amenização já no próximo mês, o Fed só precisará aumentar os juros em um ponto percentual ao longo dos próximos quatro meses para atingir sua taxa prevista para o final do ano.