FOCUS: Analistas projetam queda menor do PIB e IPCA maior em 2020; Selic a 2%

Investing.com

Publicado 13.07.2020 08:35

Por Gabriel Codas

Investing.com - O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (13), mais uma edição do Boletim semanal Focus, trazendo como principal novidade a estimativa de menor queda do crescimento da economia brasileira em 2020. Além disso, os economistas ampliaram as expectativas do IPCA e mantiveram as da Selic e do dólar. O cenário ainda mostra que a crise econômica do país por conta da pandemia da Covid-19 será bastante intensa, mas dá sinais que pode ser menos pior do que esperada anteriormente.

PIB

Após a leve melhora na semana passada, a projeção do PIB brasileiro avançou, mas ainda se mantém sob uma queda intensa intensa. A estimativa agora é uma retração de 6,10% do PIB em 2020, contra 6,50% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -6,51%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.

Inflação

Os analistas elevaram a estimativa da inflação oficial de 1,63% para 1,72%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 1,60% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Após dois meses seguidos de deflação, os preços no país voltaram a subir e registraram alta de 0,26% em junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo IBGE. A taxa foi influenciada pelo aumento nos preços dos combustíveis após reduções nos últimos quatro meses, em especial da gasolina, que teve o maior impacto individual (0,14 p.p.), com alta de 3,24%.

Após as duas quedas consecutivas (0,31% e 0,38% em abril e maio, respectivamente) e com o aumento de junho, o IPCA acumula alta de 0,10% no ano e de 2,13% em 12 meses.

Houve a manutenção das estimativas de inflação para 2021 - horizonte da política monetária do Banco Central sob o sistema de metas de inflação -, com os analistas estimando o IPCA em 3,00%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.

Entre os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5, a previsão é de um IPCA levemente superior no fim do ano, a 1,68%, enquanto há 4 semanas a estimativa estava em 1,76%. Para 2021, o TOP-5 também prevê a inflação oficial em 3%.

Selic

O constante cenário de deterioração das projeções do PIB e IPCA - especialmente da inflação no próximo ano, horizonte da política monetária – motivaram a decisão de corte da Selic sw 0,75 ponto percentual nas duas últimas reuniões do Copom. Da mesma forma da semana passada, os analistas seguiram a última decisão da autoridade monetária, esperando ainda um novo corte residual do afrouxamento monetário em 2,00% em 2020, conforme comunicado e ata da última reunião do Copom.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Já o TOP-5, que colocava a Selic em 1,75% na semana anterior, prevê agora 2,00%, com um corte de apenas 0,25 ponto percentual no próximo encontro do colegiado.

Para 2021, os economistas mantiveram a projeção de Selic em 3%, de 5% para 2022 e de 6% para 2023, enquanto o TOP prevê uma Selic a 3,0% em 2021, 4,25% para 2022 e 5,63% em 2023.

Dólar

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas R$ 5,20, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 em meados de maio.

Há quatro semanas, os analistas projetavam no Focus um dólar a R$ 5,20 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram reduzidas para R$ 5,00. Há quatro semanas, a estimativa estava em R$ 5,08 para o ano que vem. Em 2022 e 2023, as projeções são para um dólar a R$ 4,85 e R$ 4,80.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações