FOCUS: Mercado eleva projeção do dólar e IPCA para 2020 e 2021

Investing.com

Publicado 13.10.2020 08:35

Por Gabriel Codas

Investing.com - Nesta terça-feira (13), o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus com os analistas de mercado, que traz, pela nona semana consecutiva a elevação da projeção da inflação, com um importante avanço no fim deste ano e aumento das estimativas do dólar em 2020 e 2021. Além disso, os prognósticos pioraram levemente a queda da atividade econômica este ano.

PIB

Quebrando uma sequência de quatro semanas, a projeção do PIB brasileiro voltou a recuar, se mantendo sob uma queda intensa. A estimativa agora é uma retração de 5,03% do PIB em 2020, contra 5,02% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -5,11%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.

Inflação

Os analistas elevaram a estimativa de 2,12% para 2,47%. Há quatro semanas, o mercado via uma inflação encerrando 2020 em 1,94%. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e se aproxima do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve também uma leve alta nas estimativas de inflação para 2021 - horizonte da política monetária do Banco Central sob o sistema de metas de inflação -, com os analistas estimando o IPCA em 3,02%. A aposta também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.

Entre os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5 de curto prazo, a previsão é de um IPCA no fim do ano, a 2,37%, acima do esperado na semana passada, que era de 2,14%, sendo que há 4 semanas era de 1,94%. Para 2021, o TOP-5 ampliou a previsão da inflação oficial em 3,16%.

Na última sexta-feira o IBGE informou que os preços de alimentos continuaram pesando e a prévia da inflação oficial brasileira acelerou a alta em setembro acima do esperado, para o nível mais alto em oito anos, embora ainda permaneça benigna abaixo do centro da meta.

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a alta a 0,45%, de 0,23% em agosto e acima da expectativa em pesquisa de Reuters de avanço de 0,39%.

Esse resultado é o mais forte para o mês de setembro desde 2012, quando o IPCA-15 registrou 0,48%, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA-15 registrou alta de 2,65%, sobre 2,28% em agosto.

Selic

Os analistas seguem esperando que a taxa Selic fique 2,00% em 2020, sem cortes adicionais pelo Copom. O TOP-5 também manteve a projeção da Selic em 2020 em 2,00%.

Para 2021, os economistas mantiveram a expectativa da Selic a 2,5%, e subiram com a de 2022 em 4,5%. Em 2023, a estimativa da taxa básica segue em 5,50%.

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Já o TOP-5 elevou com a previsão da Selic para 2,50% em 2021, e para 4,25% em 2022 e 5,38% em 2023. 

Dólar

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 avançaram nesta semana apontando nova projeção de R$ 5,30 no fim do ano. Já o Top-5 ampliou a projeção ao prever que o dólar feche 2020 a R$ 5,48. No ano que vem, as estimativas foram para R$ 5,10, a mesma estimativa de quatro semanas atrás, enquanto o Top-5 foi a R$ 5,28. Em 2022, as projeções se mantiveram em R$ 4,90, enquanto em 2023 foram seguem R$ 4,80. Já o Top-5 ampliou para R$ 5,18 e R$ 5,08 em 2022 e em 2023.

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