Focus: Mercado melhora levemente projeção do PIB para -5,62%; Selic, IPCA mantidos

Investing.com

Publicado 10.08.2020 08:34

Atualizado 10.08.2020 08:47

Por Gabriel Codas

Investing.com - O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (10), mais uma edição do Boletim semanal Focus, trazendo, pela sexta semana consecutiva, a estimativa de menor queda do crescimento da economia brasileira em 2020. Além disso, os economistas mantiveram a expectativa para o IPCA e mantiveram para o dólar e taxa Selic, depois da decisão do Copom da última quarta-feira e dos números do IPCA, divulgados na sexta-feira.

O cenário é mais uma vez sinal de uma crise econômica bastante intensa no país por conta da pandemia da Covid-19, mantendo sinais que pode ser menos pior do que esperada anteriormente.

PIB

A exemplo do período anterior, a projeção do PIB brasileiro avançou, mas ainda se mantém sob uma queda intensa. A estimativa agora é uma retração de 5,62% do PIB em 2020, contra 5,66% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -6,10%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.

Inflação

Os analistas mantiveram a estimativa em 1,63%. Há quatro semanas, o mercado via uma inflação encerrando 2020 em 1,72%. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve a manutenção das estimativas de inflação para 2021 - horizonte da política monetária do Banco Central sob o sistema de metas de inflação -, com os analistas estimando o IPCA em 3,00%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.

Entre os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5, a previsão é de um IPCA no fim do ano, a 1,62%, enquanto há 4 semanas a estimativa estava em 1,68%. Para 2021, o TOP-5 também prevê a inflação oficial em 3,01%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho subiu 0,36%, 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da variação observada em junho (0,26%). Este é o maior resultado para um mês de julho desde 2016, quando o IPCA foi de 0,52%. No ano, o indicador acumula alta de 0,46% e, em 12 meses, de 2,31%, acima dos 2,13% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2019, a taxa havia sido de 0,19%.

No que diz respeito aos índices regionais, todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram variação positiva. O menor índice ficou com a região metropolitana de Vitória (0,21%), especialmente por conta da queda nos preços da batata-inglesa (-38,28%) e do tomate (-21,19%). Já o maior resultado foi observado no município de Rio Branco (0,75%), particularmente em função da alta nos preços da gasolina (7,04%).

Selic

Depois da decisão do Copom da última semana, os analistas seguem esperando que a taxa Selic fique 2,00% em 2020. O TOP-5 segue prevendo 2,00%, com o corte de apenas 0,25 ponto percentual da semana passada.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Para 2021, os economistas mantiveram a projeção de Selic em 3%, e mantiveram em 4,5% para 2022 e de 6% para 2023, enquanto o TOP prevê uma Selic a 3,0% em 2021, 4,25% para 2022 e 5,63% em 2023. 

O Banco Central cortou naquarta-feira a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para nova mínima histórica de 2% ao ano, em linha com consenso de mercado, e manteve a porta aberta para novo ajuste na taxa de juros.

"O Copom (Comitê de Política Monetária) entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno", disse o BC em comunicado

Dólar

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas R$ 5,20 pela oitava semana consecutiva, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 em meados de maio.

Há quatro semanas, os analistas projetavam no Focus um dólar a R$ 5,20 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas seguem em R$ 5,00, a mesma estimativa de quatro semanas atrás. Em 2022 as projeções foram reduzidas de R$ 4,85 para R$ 4,80 e, em 2023, mantida em R$ 4,80.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações