FOCUS: Mercado prevê mais dois cortes de 50 bps na Selic com queda de PIB e IPCA

Investing.com

Publicado 04.05.2020 08:35

Atualizado 04.05.2020 08:49

Por Gabriel Codas

Investing.com - O Comitê de Política Monetária (Copom) vai cortar 0,50 ponto percentual da taxa Selic na reunião de dois dias que se encerra na próxima quarta-feira (06), de acordo com economistas consultados pelo Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira. A nova taxa básica de juros passará de 3,75% para 3,25% em maio, seguido de um novo corte de 50 pontos-base na reunião seguinte em junho e encerrar o ano em 2,75%.Os analistas não preveem novas reduções em diante. Há quatro semanas, a expectativa era que a Selic fechasse 2020 em 3,25%.

Os analistas também estimam que o ciclo da alta de juros se inicie ano que vem, com uma Selic a 3,75% no fim de 2021, em não mais em 4,25%, como na semana passada. Já para 2022 caiu de 6,58% para 5,50, e a de 2023 se manteve em 6,00%.

As novas estimativa de queda mais acentuada do PIB e do IPCA em 2020 dão suporte às novas projeções de flexibilização monetária. Pela décima segunda semana seguida, foi registrada uma redução nas expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 por instituições financeiras, com a intensificação dos efeitos negativos do coronavírus na economia e refletindo a crise política. Os economistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central (BC) passam a projetar que queda de 3,76% no ano, contra 3,36% na semana anterior. Há quatro semanas, a estimativa era de queda de 1,18%.

Além disso, os analistas elevaram as apostas de crescimento econômico de 3,00% para 3,20% em 2021, mantendo em 2,50% em 2022 e 2023. Na avaliação dos economistas, a crise provocada pela pandemia de coronavírus tem forte intensidade e, por efeito estatístico, a recuperação no próximo ano deve se dar em ritmo mais intenso do que anteriormente esperado.

Os analistas também revisaram para baixo a inflação oficial de 2020, de 2,20% da projeção da semana passada para 1,97%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 2,72% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve redução nas estimativas de inflação para 2021, com os analistas estimando o IPCA em 3,30% e não mais 3,40%. A estimativa fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de -0,01% em abril. Foi o menor resultado para um mês de abril desde o início do Plano Real e ficou 0,03 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,02%). Em abril de 2019, a taxa fora de 0,72%. Em 2020, o IPCA-15 acumula alta de 0,94% e, em 12 meses, a variação acumulada foi de 2,92%, abaixo dos 3,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Seis dos nove grupos pesquisados tiveram deflação em abril.

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Nesta sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA do mês de abril.

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram elevadas de R$ 4,80 para R$ 5,00, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,50 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram elevadas para R$ 4,75, depois de uma elevação na semana anterior para R$ 4,55.

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