IPCA tem queda de 0,68% em julho e acumula alta de 10,07% nos últimos 12 meses

Investing.com

Publicado 09.08.2022 08:59

Atualizado 09.08.2022 12:05

*Atualizado às 12h

Investing.com - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma queda de -0,68% em julho, levemente abaixo da previsão de queda de -0,65%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta manhã, 09. O resultado também é inferior aos +0,67% prévios.  Essa é a menor taxa desde o início da série histórica, em janeiro de 1980,

O IPCA anual acumulou alta de 10,07%, abaixo da expectativa do mercado de 10,10% e dos 11,89% apresentados anteriormente.

Segundo o Boletim Focus divulgado nesta semana, a expectativa é que o IPCA encerre 2022 a 7,11%, acima tanto da meta de 3,5% como do teto de 5%. 

Étore Sanchez, analista da Ativa Investimentos, explica que com os desvios concentrados em itens fora dos núcleos (em sua maioria administrados e alimentação) a dinâmica da média mostrou-se bem em linha com o esperado. 

"Esperamos que o desvio observado em gasolina seja apenas uma antecipação dos impactos totais estimados, que não deverão ser muito maiores do que o previsto dado que se trata de um montante especifico produto do alívio de impostos. Por enquanto mantemos nossa perspectiva de 6,6% no ano". 

Daniel Karp, economista do Santander Brasil (BVMF:SANB11), detalha que o indicador veio ainda abaixo do consenso (-0,65%) e abaixo da projeção do banco (-0,60%). As surpresas de queda vieram em preços administrados, principalmente
concentrados em gasolina e bens industriais. “Pode refletir o início de um ciclo mais alívio consistente nos itens relacionados ao câmbio, commodities metálicas e todo o desaquecimento das questões da cadeia global de suprimentos”, afirma. De acordo com o economista do Santander, os serviços não surpreenderam e continuaram acelerando em termos de tendência, mas em ritmo mais lento. “Os alimentos surpreenderam um pouco para cima, mas seu indicador central (relacionado aos alimentos industrializados) continuou caindo em termos de tendência”, completa.

Conforme aponta o economista Eduardo Vilarim, do Banco Original, em Transportes, a gasolina contribuiu com uma desinflação de 1,04 p.p. sobre o índice, recuando 15.48% e influenciando a queda do etanol (-11,38%). "O resultado é reflexo da redução dos combustíveis anunciada pela Petrobrás em 20 de julho, além da redução das alíquotas de ICMS sobre esses produtos", diz Vilarim, que indica que a proposta também influenciou energia elétrica (-5,78%) dentro do grupo de habitação.

 
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