Juros nos EUA: Mercado conhece ata da última reunião do Fed nesta quarta

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 20.02.2024 16:22

Atualizado 20.02.2024 16:34

Investing.com – Os mercados estarão atentos à ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve nesta quarta-feira, 21. Ainda que o encontro tenha sido anterior à divulgação da inflação ao consumidor de janeiro, que veio acima do esperado, os investidores olharão de perto pistas sobre os próximos passos do Banco Central americano, ansiosos pelo início do ciclo de cortes na taxa de juros.

Na reunião finalizada em 31 de janeiro, os membros do colegiado decidiram, de forma unânime, manter as fed funds na faixa entre 5,25% e 5,50%. A decisão ocorreu antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que subiu 0,3% em janeiro, mesma variação observada em dezembro de 2023, conforme dados divulgados em 13 de fevereiro pelo Departamento do Trabalho americano.

Thomas Monteiro, analista sênior do Investing.com, afirma que ainda que o encontro tenha ocorrido antes do CPI, que considerou como chocante, a expectativa é de que os membros do Fed tenham minimizado a necessidade de cortes nas taxas em breve.

“As condições macroeconômicas subjacentes mudaram drasticamente desde a reunião, com uma subida perigosa nos indicadores de inflação ao consumidor e ao produtor, juntamente com dados particularmente decepcionantes sobre a atividade do consumidor, como mostra o relatório de vendas no varejo”.

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O analista espera que o mercado leia todos os dados “com uma pitada de sal”. Se o Fed já minimizava a necessidade de cortes antes, provavelmente pode descartar totalmente agora, avalia.

A inflação nos EUA acima das expectativas desafia as esperanças de cortes nas taxas num futuro próximo, segundo o Julius Baer. “Após os dados da inflação nos EUA ligeiramente mais fortes do que o esperado da semana passada, os mercados diminuíram as suas expectativas de redução das taxas e estão agora a precificar um primeiro corte nas taxas do Fed em junho”, destaca Sophie Altermatt, economista do Julius Baer.

Veja as expectativas para as próximas reuniões: