Reuters
Publicado 26.04.2024 08:38
Por Haripriya Suresh e Tanvi Mehta
BENGALURU/NOIDA, Índia (Reuters) - A Índia votava nesta sexta-feira na segunda fase da maior eleição do mundo, com o primeiro-ministro Narendra Modi e seus rivais elevando o tom da campanha, concentrando-se em questões polêmicas como discriminação religiosa, ação afirmativa e impostos.
Quase um bilhão de pessoas estão aptas a votar nas eleições gerais em sete fases, que começaram em 19 de abril e terminam em 1º de junho, com a contagem dos votos prevista para 4 de junho.
Modi está buscando um terceiro mandato consecutivo com base em seu histórico econômico, medidas de bem-estar, orgulho nacional, nacionalismo hindu e popularidade pessoal. As pesquisas sugerem que ele ganhará uma maioria confortável.
Seus adversários formaram uma aliança com mais de duas dúzias de partidos e estão prometendo maior ação afirmativa, mais assistência social e o fim do que eles chamam de governo autocrático de Modi.
Um total de 88 das 543 cadeiras da câmara baixa do Parlamento foi às urnas na sexta-feira, com 160 milhões de pessoas aptas a votar em 13 Estados e territórios federais.
O comparecimento dos eleitores na metade do processo era de 39%, informou um porta-voz da Comissão Eleitoral (CE). A CE e os partidos políticos estavam preocupados com o fato de que o clima quente fora de época e os casamentos em algumas partes do país afetariam o comparecimento às urnas.
CAMPANHA ACIRRADA
Mais da metade dos assentos nas disputas de sexta-feira estavam nos Estados de Kerala e Karnataka, no sul do país, e no Estado de Rajasthan, no noroeste.
A campanha se tornou mais acirrada desde a primeira fase da votação, em 19 de abril, quando Modi e o principal partido de oposição, o Partido do Congresso, se enfrentaram em questões comunitárias, com Modi acusando o Congresso de favorecer a minoria muçulmana, com o objetivo de diluir a ação afirmativa e planejando impor um imposto sobre herança.
O Congresso negou as acusações e disse que Modi teme perder e estava usando uma linguagem divisiva para distrair os eleitores de questões reais, como desemprego, aumento de preços e dificuldades rurais.
Rahul Gandhi, ex-presidente do Congresso e o rosto do partido, estava entre os 1.200 candidatos na disputa de sexta-feira.
"Esta eleição não é uma eleição normal... porque pela primeira vez na história da Índia, um partido e uma pessoa estão tentando acabar com a constituição e a democracia da Índia", disse Gandhi em um comício eleitoral em uma região de Karnataka que vota na próxima semana.
Escrito por: Reuters
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