Payroll: Criação de emprego acelera nos EUA em outubro e fica acima das projeções

Por Leandro Manzoni

Investing.com - A economia dos EUA criou 531 mil empregos não-agrícolas em outubro, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas - Payroll - do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira (5), acima do esperado e dos dados do último mês. A previsão dos economistas era uma adição de 450 mil empregos no período.

O número mostrou uma aceleração dos números revisados de setembro, quando foram criadas 312 mil vagas - inicialmente o dado era de 194 mil conforme divulgado em outubro.

A taxa de desemprego caiu para 4,6% da força de trabalho, abaixo dos 4,8% de setembro. Os analistas esperavam uma taxa de 4,7%.

Já o salário médio por hora no mês passado teve uma alta anual de 4,9%, igual à projeção do mercado acima do avanço de 4,6% em setembro.

A melhora do mercado de trabalho veio após diminuição dos casos de coronavírus da variante Delta durante o verão dos EUA, o que aponta para uma aceleração da recuperação econômica após perda do vigor no terceiro trimestre, quando o PIB dos EUA subiu 2% em relação ao trimestre anterior, uma desaceleração em relação aos 6,7% do segundo trimestre e abaixo da estimativa de 2,7% do mercado.

Assim, os investidores ficam atentos quanto à reação dos membros do Federal Reserve (Fed) quanto à intensidade da retirada dos estímulos monetários. Na última quarta-feira (3), o Fed anunciou uma redução na compra mensal de títulos públicos e hipotecários de, respectivamente, US$ 80 bilhões para US$ 70 bilhões e de US$ 40 bilhões para US$ 35 bilhões a partir deste mês, continuando a redução mensal em US$ 10 bilhões para títulos públicos e US$ 5 bilhões para títulos hipotecários.

O comunicado pós-decisão do Fed condicionou à revisão da intensidade do tapering de acordo com a evolução da atividade econômica. A taxa de juros nos EUA continua no intervalo entre 0% e 0,25%, com previsão de início de alta para o fim de 2022, após a retirada total dos estímulos.

Mesmo assim, investidores continuam preocupados com a alta da inflação: o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 04% na base mensal e 5,4% na base anual em outubro, níveis antes vistos há três décadas. Há temores no mercado de que o banco central demore a aumentar a intensidade do aperto monetário leve à uma escalada inflacionária com a desancoragem das expectativas futuras. A meta de inflação do Fed é acima de 2% durante um período de tempo, uma forma de compensar períodos de baixa e alta inflação.

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O Ibovespa Futuros ampliou a alta e passou a subir de 0,6% para 0,9% a 105.060 pontos, enquanto o dólar continuou em queda de 0,11% para 0,26% a R$ 5,5858.

O mesmo se aplica a Nasdaq 100 Futuros, que acelerou a alta de 0,15% para 0,3%. O Dow Jones Futuros e S&P 500 Futuros também intensificaram a alta, respectivamente de 0,15% para 0,33% e de 0,26% para 0,42%.