Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA voltam a subir

Reuters

Publicado 25.11.2020 10:48

Atualizado 25.11.2020 11:11

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez aumentou ainda mais na semana passada, sugerindo que uma explosão de novas infecções por Covid-19 e restrições comerciais estavam impulsionando as dispensas e minando a recuperação do mercado de trabalho.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 778 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 21 de novembro, em comparação com 748 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira.

Economistas consultados pela Reuters previam 730 mil solicitações na última semana.

O relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego, o dado mais oportuno sobre a saúde da economia, foi publicado um dia antes por causa do feriado norte-americano do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira.

Os Estados Unidos foram afetados por uma nova onda de infecções por coronavírus, com os casos diários excedendo 100 mil desde o início de novembro. Mais de 12 milhões de pessoas foram infectadas no país, de acordo com uma contagem de dados oficiais da Reuters.

A doença respiratória matou mais de 257 mil norte-americanos e as hospitalizações estão disparando, levando os governos estaduais e locais a reimpor uma série de restrições à vida social e econômica nas últimas semanas, o que poderia manter os pedidos de auxílio-desemprego acima do pico de 665 mil visto durante a Grande Recessão de 2007-09.

Os pedidos caíram ante um recorde de 6,867 milhões alcançado em março, já que cerca de 80% das pessoas temporariamente dispensadas em março e abril foram recontratadas, respondendo pela maior parte da recuperação no crescimento do emprego nos últimos seis meses.

Essa melhoria, que se espalhou para a economia em geral por meio de gastos robustos do consumidor, foi estimulada por mais de 3 trilhões de dólares em alívio do governo em resposta ao coronavírus.

Um relatório separado do Departamento de Comércio dos EUA divulgado nesta quarta-feira confirmou o ritmo histórico de expansão da economia no terceiro trimestre. O Produto Interno Bruto norte-americano cresceu a uma taxa anualizada não revisada de 33,1%, disse o governo em sua segunda estimativa do terceiro trimestre.