PIB cresce 7,7%, mas não repõe perdas; crescimento em 2021 depende da vacina

Estadão Conteúdo

Publicado 04.12.2020 04:00

Atualizado 04.12.2020 08:36

PIB cresce 7,7%, mas não repõe perdas; crescimento em 2021 depende da

A continuidade da reabertura das atividades, depois do auge da pandemia , e o impulso do auxílio emergencial no consumo fizeram a economia registrar no terceiro trimestre o maior crescimento em duas décadas. O Produto Interno Bruto (PIB, o valor de tudo o que é produzido na economia) saltou 7,7% ante o segundo trimestre, maior alta da série histórica, iniciada em 1996, informou ontem o IBGE.

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Mesmo recorde, o avanço foi insuficiente para recuperar as perdas do primeiro semestre. No terceiro trimestre, o nível de atividade ainda estava 4,1% abaixo do fim de 2019, segundo o IBGE. O ritmo da retomada será ditado pelo sucesso das vacinas contra a covid-19, disseram economistas.

A alta ficou abaixo das projeções de analistas, que esperavam salto de 8,8%, conforme o Projeções Broadcast. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, o PIB caiu 3,9%. Para 2020 fechado, economistas esperam retração de 4,5%, conforme levantamento do Projeções Broadcast concluído na tarde de ontem. Se confirmada, será a maior retração anual da história.

Além de insuficiente para recuperar as perdas acumuladas, a retomada ainda enfrenta a incerteza sobre a pandemia. O avanço da economia em todo o mundo no ano que vem está diretamente ligado à vacina contra a covid-19.

"A lição que ficou do que estamos vendo na Europa é que o risco de um 'lockdown' horizontal é menor e, ao mesmo tempo, as campanhas de vacinação no mundo estão andando rápido", disse Guilherme Loureiro, economista-chefe da Trafalgar Investimentos.

Embora os planos de vacinação estejam avançando em países como a Inglaterra, está pouco claro quando isso se dará no Brasil. Mais casos e mortes, com novas restrições ao contato social, podem prejudicar a retomada. Por ora, economistas ainda veem como pequeno o impacto das novas restrições em São Paulo e no Paraná. "No curtíssimo prazo, vai haver arrefecimento da mobilidade, de dados de alta frequência, queda marginal da confiança, do consumo e da produção, mas muito diferente do começo da pandemia. A questão da vacina altera a perspectiva dessa desaceleração, coloca um teto nas incertezas", disse a economista-chefe do Credit Suisse (SIX:CSGN) no Brasil, Solange Srour.

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A composição da retomada do terceiro trimestre serviu como lembrete da incerteza atrelada à doença. Impulsionado pelo auxílio emergencial para trabalhadores informais, o consumo das famílias avançou 7,6% sobre o segundo trimestre, puxando a retomada, mas ainda de forma desorganizada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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