Amanhã: Veja os 3 principais temas do mercado nesta sexta-feira

Investing.com  |  Autor 

Publicado 22.03.2018 17:49

Amanhã: Veja os 3 principais temas do mercado nesta sexta-feira

Investing.com - O otimismo com os juros mais baixos no Brasil e nos EUA não resistiu ao receio de que as novas tarifas protecionistas de Donald Trump sobre a China iniciem uma guerra comercial com forte impacto na economia e empresas globais.

O Ibovespa acompanhou – em menor grau – o tombo em Wall Street e recuou 0,25% aos 84.767 pontos.

O pregão começou com o índice oscilando com leves variações para o positivo e negativo, enquanto os investidores se ajustavam aos novos cenários de juros mais baixos no Brasil, após comunicado surpreendente do Copom ontem, e com o Federal Reserve adotando tom mais dovish.

O mercado local chegou a surfar num leve otimismo ao ter a confirmação de que o Brasil estaria temporariamente isento das taxas de importação de aço e alumínio dos EUA, mas com a abertura pesada de Wall Street, o índice foi definitivamente para o negativo.

As ações nos EUA não resistiram a uma nova rodada de protecionismo após a decisão de Trump de taxar até US$ 50 bilhões em importações chinesas. O mercado acredita que as medidas retaliatórias do país asiático possam ter forte repercussão em retrair o comércio global.

O Dow 30 recuou 2,9% e fechou abaixo dos 24 mil pontos, enquanto o S&P 500 cedeu 2,5% e o Nasdaq desvalorizou 2,4%

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Veja os principais temas do calendário econômico que deverão movimentar o mercado nesta sexta-feira:

h2 Inflação baliza expectativas de juros/h2

O principal evento econômico no mercado brasileiro nesta sexta-feira será a publicação dos dados de IPCA-15 de março. O consenso aposta em um número de 0,12% na comparação com fevereiro, o que reduziria o valor em 12 meses para 2,82%, frente aos 2,86% do mês anterior.

O número será um importante balizador para o novo cenário de juros ainda mais baixos no Brasil, pois pode configurar a sequência da surpresa do BC – e do mercado – com a desinfalação.

Ontem, o Copom surpreendeu o mercado ao deixar claro que executará mais um corte nas taxas de juros na reunião de maio, o que levaria a Selic ao recorde de 6,25%. Os analistas aguardavam majoritariamente o corte de ontem para 6,5% e se dividiam sobre a possibilidade de o BC deixar ‘uma porta aberta’ para uma nova redução.

Em um cenário de inflação ainda mais fraca, novos ajustes na taxa de juros podem entrar no radar do mercado.

h2 Guerra comercial: Tarifas de Trump/h2
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A guinada protecionista amplamente defendida por Donald Trump durante sua campanha presidencial de 2016 começou a tomar forma nas últimas semanas. Após a imposição de uma taxa de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre a de alumínio, o presidente dos EUA assinou plano para impor tarifas em até US$ 50 bilhões em compras de produtos vindas da China.

Apesar de a decisão de Trump de colocar as tarifas em vigor somente após um período de consulta pública, a China deverá começar a indicar as retaliações à medida para ter maior poder de barganha nas negociações. Esse clima negativo e de indecisão sobre uma possível guerra comercial global poderá prevalecer no mercado nas próximas semanas e ter peso nas commodities, base para a indústria chinesa.

Trump quer reduzir o déficit comercial de US$ 350 bilhões que o país possui com a China e citou práticas irregulares do país para a obtenção de propriedade intelectual.

h2 Fed, mercado imobiliário, bens duráveis e contagem de sondas/h2

A posição surpreendentemente dovish do FOMC em sua revisão de cenário na quarta-feira, mantendo as expectativas de três altas de juros neste ano, fez aumentar o interesse do mercado pelo posicionamento público dos diretores. Parte dos analistas acredita que o Fed acabará elevando os juros em quatro ocasiões neste ano e o banco prepara uma lenta mudança de discurso.

Amanhã, o presidente Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, fará um discurso às 9h10, enquanto o presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neels Kashkari, fala às 11h30 e o presidente do Federal Reserve de Boston, Eric Rosengren, discursará às 20h. Os investidores buscarão dicas de que o banco começará a se encaminhar para um aumento no ritmo de aumento de taxas de juros.

Ainda no mercado norte-americano, serão publicados os dados de vendas de residências e de bens duráveis. Os dados chamarão a atenção, pois os últimos números publicados, relativos a janeiro, vieram abaixo das projeções e indicaram uma economia menos aquecida.

A projeção do mercado é de alta de 0,5% no núcleo de bens duráveis em fevereiro, contra queda de 0,3% no mês anterior. A venda de novas casas deverá ter aumentado 4,4% para 623 mil unidades, contra 593 mil em janeiro.

Para encerrar o dia, a Baker Hughes publica o número de sondas de petróleo em atividade nos EUA. O dado é um balizador das expectativas de crescimento da produção de petróleo no país.

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