Atirador mata 4 pessoas na Catedral de Campinas e comete suicídio

Reuters  |  Autor 

Publicado 11.12.2018 19:10

Atirador mata 4 pessoas na Catedral de Campinas e comete suicídio

(Reuters) - Um homem armado invadiu nesta terça-feira a Catedral Metropolitana de Campinas, matou quatro pessoas e cometeu suicídio ao final de uma missa, informaram autoridades da cidade no interior de São Paulo.

Quatro pessoas também ficaram feridas no ataque ocorrido no início da tarde.

Segundo o delegado José Henrique Ventura, o homem identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, sentou-se em um dos bancos da igreja e pouco depois começou a atirar.

"Nós não temos até o momento nenhuma informação sobre motivação. O vídeo que temos é ele chegando na igreja, o que prova que ele estava sozinho. Com a identificação, vamos investigar a motivação", afirmou o delegado em entrevista coletiva.

Das quatro pessoas feridas, apenas "uma demandava cuidado", de acordo com Ventura.

O major Augusto Leão, da Polícia Militar, contou que policiais ouviram disparos e se deslocaram para a Catedral Metropolitana, que fica no centro de Campinas, onde o policiamento está reforçado por conta das compras de Natal.

Os policiais agiram com cautela, segundo o major, para evitar que mais vítimas fossem atingidas. Houve revide e um disparo atingiu a parte lateral do corpo do atirador.

"Ele caiu ao solo e, ainda consciente, com a arma na mão, provavelmente verificando que não teria como fugir da situação, ele efetuou disparo contra a própria cabeça", afirmou Leão, acrescentando que o atirador possuía mais munições e que não teria falado nada antes de começar os disparos.

Em nota, a Arquidiocese de Campinas informou que o homem entrou na Catedral com duas armas, uma pistola automática 9mm e um revólver calibre 38. Entre 18 e 20 pessoas estavam no local no final da missa.

"Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor", afirmou a Arquidiocese de Campinas.

CONTROLE DE ARMAS

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a Polícia Federal pode ajudar na investigação e reafirmou sua defesa pelo controle de armas.

“Sou defensor histórico desde meu tempo de Congresso do controle de armas. Acho que toda e qualquer sociedade civilizada tem que ter um controle sobre armas e quanto mais armas fora do controle, mais risco à vida. Isso é absolutamente claro”, disse Jungmann a jornalistas no Rio de Janeiro.