Publicado 14.08.2018 14:23
Infraero prepara venda de metade do capital por cerca de R$14 bi, diz presidente
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da estatal federal de serviços aeroportuários Infraero, Antônio Claret de Oliveira, disse nesta terça-feira que a empresa está com planos prontos para vender 49 por cento do capital por meio de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou a venda para um sócio estratégico.
"O projeto está praticamente pronto", disse Oliveira durante evento do setor de infraestrutura. No entanto, o executivo afirmou que o projeto só deve ser apresentado ao próximo presidente da República, a ser eleito em outubro.
Segundo ele, a venda de 49 por cento do capital da companhia por IPO ou venda a um sócio estratégico deve render cerca de 14 bilhões de reais.
Como parte dos esforços para tornar a empresa, outrora monopolista do setor aeroportuário brasileiro, Oliveira revelou planos para enxugar ainda mais o quadro de funcionários e elevar receitas.
De uma folha de pagamento com mais de 12 mil empregados no fim de 2015, o montante caiu para os atuais 8,1 mil. E a meta é reduzir a folha para cerca de 6 mil antes de o plano de atração de investidores ir adiante.
Esse corte se dará sobretudo, disse o executivo mais tarde à Reuters, com a transferência de cerca de 1,8 mil funcionários do setor de navegação aérea para a Aeronáutica.
Simultaneamente, a Infraero tem buscado fontes adicionais de receitas, incluindo a ocupação de espaços vagos em grandes aeroportos do país para uso comercial, além de aumentar a capacidade de alguns terminais para receber mais público.
Como exemplo, Oliveira citou a expansão da pista do aeroporto de Foz do Iguaçu (PR), que qualificará o terminal para receber voos diretos da Europa e dos Estados Unidos.
Depois de anos no vermelho, a Infraero teve lucro operacional de 505,4 milhões de reais no ano passado. Para 2018, a empresa espera lucrar 472 milhões de reais, mesmo com a saída de quatro grandes aeroportos da rede: Florianópolis, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza.
(Por Aluísio Alves)
Escrito por: Reuters
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