Biden ameaça Brasil com sanções por Amazônia e propõe US$ 20 bi para floresta

Reuters

Publicado 30.09.2020 09:05

Atualizado 30.09.2020 09:30

Por Eduardo Simões

(Reuters) - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs que países de todo mundo se reúnam para fornecer 20 bilhões de dólares para a preservação da Amazônia e disse que o Brasil enfrentará "consequências econômicas significativas", caso o país não pare a destruição da floresta e se ele for eleito.

As declarações foram dadas durante debate, na noite de terça-feira, entre Biden e o presidente norte-americano, Donald Trump, um republicano que busca a reeleição. O encontro, o primeiro debate entre ambos antes da eleição presidencial de 3 de novembro, foi caótico e marcado por interrupções e insultos.

Ao falar sobre o meio ambiente, Biden disse que, se vencer a eleição, recolocará os EUA no acordo climático de Paris, do qual Trump retirou os Estados Unidos, e citou a floresta amazônica e seu papel no combate às mudanças climáticas.

"A floresta tropical do Brasil está sendo devastada, está sendo destruída", disse Biden, afirmando que, se eleito, reunirá outros países para garantir 20 bilhões de dólares para a preservação da Amazônia.

"Aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta e se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas", acrescentou.

De acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento da Amazônia entre agosto de 2019 e julho deste ano --período usado para medir o desmatamento anual da floresta-- atingiu 9.216 quilômetros quadrados, aumento de 34% na comparação com igual período anterior.