Boeing pede que aéreas verifiquem assentos dos pilotos envolvidos em incidente da Latam

Estadão Conteúdo

Publicado 16.03.2024 06:56

Atualizado 16.03.2024 10:11

Boeing pede que aéreas verifiquem assentos dos pilotos envolvidos em incidente da Latam

A Boeing (NYSE:BA) está instruindo as companhias aéreas a inspecionar os interruptores nos assentos dos pilotos em seus jatos 787 Dreamliner, após uma reportagem afirmar que um movimento acidental do assento da cabine provavelmente causou a perda súbita de altitude de um avião da Latam que voava entre a Austrália e a Nova Zelândia na última segunda-feira, 11.

A empresa afirmou na sexta-feira, 15, que recomendou que as companhias aéreas inspecionem os assentos motorizados da cabine na próxima vez que realizarem manutenção em suas aeronaves 787. A fabricante apontou instruções que incluem como desativar os motores que movem os assentos.

A Boeing descreveu sua recomendação como uma "medida de precaução". A empresa não vinculou o memorando ao que aconteceu esta semana no voo da Latam.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) disse, no entanto, que o memorando da Boeing foi emitido "em resposta ao incidente no voo 800 da Latam". A FAA disse que estava convocando um painel de especialistas para revisar a mensagem da Boeing às companhias aéreas.A Latam, com sede no Chile, disse inicialmente que houve "um evento técnico durante o voo, que causou uma forte movimentação" da aeronave. Em atualização na terça-feira, 12, a companhia aérea disse que o avião "sofreu um forte tremor durante o voo, cuja causa está atualmente sob investigação".

Os passageiros relataram que quando o avião mergulhou sem aviso e pessoas que não usavam cintos de segurança foram atiradas de seus assentos para o teto e corredores da cabine. O avião pousou posteriormente no aeroporto de Auckland conforme programado. Cerca de 50 pessoas ficaram feridas, segundo equipes de emergência em Auckland.

O 787 é um avião de dois corredores que estreou em 2011 e é usado principalmente para voos internacionais longos. A versão envolvida no voo da Latam pode transportar até cerca de 300 passageiros.

A United Airlines (NASDAQ:UAL), com 71 Dreamliners, e a American Airlines (NASDAQ:AAL) com 59, estão entre os principais usuários do avião. A American disse que as instruções da Boeing não teriam impacto em suas operações. A United se recusou a comentar.

O Wall Street Journal informou na noite de quinta-feira, 14, que um comissário de bordo servindo uma refeição na cabine esbarrou em um interruptor na parte de trás do assento, que empurrou o piloto para os controles do 787, colocando o nariz do avião para baixo. O jornal citou autoridades anônimas da indústria norte-americana que foram informadas sobre as descobertas preliminares da investigação.

O veículo disse que a Boeing recomendou que as companhias aéreas verificassem se os interruptores estavam bem cobertos - eles não deveriam ser usados durante os voos - e as informou como desligar a energia do motor do assento.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

O órgão regulador da aviação do Chile enviou investigadores para a Nova Zelândia e, sob acordos internacionais, irá liderar a investigação. Ainda não foi divulgada nenhuma descoberta.

O incidente pode aumentar o escrutínio da Boeing, que já está em alto nível desde que um plugue de porta de um 737 Max da Alaska Airlines (NYSE:ALK) se soltou em pleno voo em janeiro, sobre o estado do Oregon, nos Estados Unidos. A FAA, o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes e o Departamento de Justiça dos EUA estão conduzindo investigações separadas relacionadas ao episódio e à fabricação de jatos Max pela Boeing. / AP

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações