Bolsonaro pode não ir a Davos por orientação do GSI, diz porta-voz

Reuters

Publicado 06.01.2020 19:38

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro vai decidir nos próximos dias se vai neste mês ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, viagem que está sob análise do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e do Ministério das Relações Exteriores, informou o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, em briefing à imprensa no Palácio do Planalto nesta segunda-feira.

"A primeira, Davos, está sub judice", disse Barros, após revelar que em reunião nesta manhã foram discutidas as viagens do presidente para o Fórum Econômico e também para a Índia, outra prevista para o chefe do Executivo fazer em janeiro.

Pela programação em planejamento, caso ainda decida ir, o presidente viaja para Davos no dia 20 de janeiro e participa do fórum dois dias depois, segundo o porta-voz. Parte para Índia no dia 24, onde é o convidado de honra para as Celebrações do Dia da República daquele país. O retorno para o Brasil, conforme Barros, está previsto para o dia 28.

O general não descartou a possibilidade de o presidente ir apenas para o país asiático. "Dentre essas possibilidades, é possível que o presidente vá apenas para a Índia", considerou.

Mais cedo, após contato feito pela reportagem da Reuters, Barros havia garantido que o presidente iria aos dois países.

O porta-voz disse que a decisão sobre a ida às viagens internacionais em janeiro tem levado em conta uma série de aspectos, não apenas o da saúde de Bolsonaro. Ele havia sido questionado sobre a hérnia no abdômen do presidente, comentado publicamente por Bolsonaro, mas descartou uma nova intervenção cirúrgica.

"A  possibilidade de o presidente se submeter a uma nova cirurgia é zero", disse Barros, para quem Bolsonaro está sendo muito bem acompanhado pela equipe médica.