Bloomberg Línea Brasil
Publicado 23.09.2021 18:14
Atualizado 24.09.2021 07:32
Brasileiros esgotam passagens para Réveillon nos EUA; preços disparam
Os brasileiros vacinados estão eufóricos com a possibilidade de viajar para os Estados Unidos a partir de novembro. Desde o anúncio da Casa Branca, no início da semana, a procura por passagens para diversas cidades americanas disparou. Alguns bilhetes para viagens no período do Natal e do Réveillon já esgotaram. Os preços também foram para as alturas.
A entrada nos EUA é mediante a apresentação do comprovante de vacinação, junto de um teste negativo realizado três dias antes da viagem. As vacinas aceitas ainda não foram definidas, porém, os EUA já autorizam o uso das marcas Pfizer/BioNTech, Moderna (NASDAQ:MRNA) e Johnson & Johnson (Janssen), observou a operadora travelWorld, contabilizando mais de 100 países que permitem a entrada dos brasileiros.
Em entrevista à Bloomberg Línea, Roberto Nedelciu, da Raidho Viagens, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), confirma a tendência de aumento dos preços das passagens e de escassez dos pacotes.
“Sem dúvida, as companhias aéreas acabam aumentando o preço, porque todo mundo sofreu com essa pandemia, principalmente as aéreas também, porque o custo de deixar o avião no chão é uma absurdo. É natural. É a lei da oferta e da procura. Quando aumenta a procura, o preço começa a aumentar também. Quem quer viajar é melhor começar a olhar os pacotes porque estão ficando escassos”, afirmou.
Ele lembra que, antes do fim das restrições, os brasileiros que viajavam para os EUA usavam o atalho de passar 15 dias ou no México ou no Caribe cumprindo uma espécie de quarentena antes de entrar no território americano. “Isso encarecia bem o pacote para ir para os EUA”.
Presidente da Abav, Magda Nassar, fala sobre a tendência do "revenge travel" (turismo da desforra), viagens após o período de isolamento social e restrições. Os EUA representam o segundo maior mercado internacional para as agências de viagens brasileiras, depois da Argentina, que também anunciou a reabertura das fronteiras a partir de outubro.
“Os americanos ficaram mais felizes do que a gente, porque os brasileiros gastam bastante em gastronomia, em compras, em atrações, ficam mais do que sete noites”, disse a presidente da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagens), Magda Nassar.
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Escrito por: Bloomberg Línea Brasil
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