China agirá se flutuações no câmbio se tornarem grandes demais

Reuters

Publicado 22.10.2021 08:58

Atualizado 22.10.2021 09:35

XANGAI/PEQUIM (Reuters) - A China implementará medidas anticíclicas em momento apropriado se o aperto das políticas monetárias pelas principais economias mundiais levar a flutuações do mercado de câmbio a se tornar grandes demais, disse a instituição reguladora do mercado de câmbio do país nesta sexta-feira.

Wang Chunying, porta-voz da Administração Estatal de Câmbio (SAFE, na sigla em inglês), disse que "se o mercado de câmbio internacional enfrentar flutuações relativamente grandes, (os reguladores) implementarão ajustes anticíclicos no momento apropriado".

Ela afirmou que o regulador prestará muita atenção às pressões inflacionárias nos Estados Unidos e ao ritmo de aperto da política monetária pelo Federal Reserve, a fim de fazer ajustes proativos para orientar as expectativas do mercado e manter a estabilidade do mercado de câmbio.

"Os mercados precificaram totalmente o ritmo do (plano) do Fed de reduzir as compras de ativos, e os riscos de isso provocar turbulências nos mercados globais no curto prazo são controláveis", disse Wang.

A mudança na política monetária dos bancos centrais globais não alterará a condição amplamente estável do balanço de pagamentos da China ou a tendência do iuan, acrescentou ela.

A recente valorização da moeda chinesa --que ultrapassou um limite importante de 6,4 iuanes por dólar, indo a uma máxima em quatro meses nesta semana-- foi normal e impulsionada pelas forças do mercado, disse o regulador.

"O iuan se moveu em ambas as direções e apresentou volatilidade bidirecional neste ano e, em geral, permaneceu estável", disse Wang.

"A taxa de câmbio do iuan continuará a depender da situação econômica interna e externa, do balanço de pagamentos e das mudanças nos mercados cambiais globais", disse Wang, acrescentando que a persistente valorização ou depreciação da divisa seria improvável.

O iuan também subiu recentemente para seus níveis mais fortes em seis anos em relação às moedas dos parceiros comerciais da China, e investidores ficaram incertos com a falta de intervenção e a aparente despreocupação das autoridades.