China troca sanções com EUA devido a conflito sobre muçulmanos uigures

Reuters

Publicado 13.07.2020 09:00

Por Yew Lun Tian

PEQUIM (Reuters) - A China anunciou "sanções correspondentes" contra os Estados Unido nesta segunda-feira depois que Washington penalizou autoridades chinesas de alto escalão por causa do tratamento dado à minoria de muçulmanos uigures em Xinjiang, região do oeste chinês.

A medida de Pequim chega no momento em que a relação entre as duas maiores potências econômicas do mundo está tensionada por desentendimentos em questões como a pandemia de coronavírus, o comércio, a Huawei e uma lei de segurança nacional abrangente imposta a Hong Kong.

As sanções visaram os senadores Ted Cruz e Marco Rubio, o deputado Chris Smith, o embaixador para a Liberdade Religiosa Internacional, Sam Brownback, e a Comissão Congressual-Executiva dos EUA para a China.

Rubio e Cruz defenderam leis que puniriam as ações da China em Xinjiang. Smith também tem sido um crítico explícito da China a respeito de temas que vão de Xinjiang a Hong Kong e o coronavírus.

Os três são membros do Partido Republicano do presidente Donald Trump.

"As ações dos EUA interferem seriamente nos assuntos internos da China, violam seriamente as normas básicas das relações internacionais e prejudicam seriamente as relação sino-americanas", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, aos repórteres.

"A China adotará reações adicionais com base na maneira como a situação transcorrer", acrescentou ela, sem dar detalhes.