Copom põe Selic a 11,25%; nos EUA, corte de juro não vem no curto prazo

Estadão Conteúdo

Publicado 01.02.2024 04:14

Atualizado 01.02.2024 07:41

Copom põe Selic a 11,25%; nos EUA, corte de juro não vem no curto prazo

Em sua primeira reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela quinta vez seguida a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, de 11,75% para 11,25% ao ano. O colegiado também manteve a projeção de um corte "de mesma magnitude" - ou seja, de 0,5 ponto - nas próximas reuniões, por avaliar que "esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".

Nesta quarta-feira, 31, o dia foi também de decisão nos Estados Unidos, completando a chamada "Superquarta" dos juros. Só que o resultado foi diferente. Os integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não só decidiram manter as taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano, como indicaram ser "improvável" que esse patamar comece a cair já na próxima reunião, marcada para março - contrariando a expectativa de boa parte do mercado.

Em reação, as Bolsas de Nova York fecharam em baixa. As ações de tecnologia enfrentaram particular pressão, após balanço mal recebido da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (dona do Google). O Dow Jones fechou com queda de 0,82%, enquanto a S&P 500 recuou 1,61%. Já a Nasdaq teve desvalorização de 2,23%. No Brasil, o Ibovespa (principal indicador da B3 (BVMF:B3SA3)) subiu 0,28%, num movimento debitado por operadores a "correções técnicas", depois das quedas nos últimos dias. O recuo no mês foi de 4,79%. "O comunicado do Fed veio ainda bem conservador", avaliou Marcelo Oliveira, cofundador da plataforma Quantzed.

Meta fiscal

O Copom reafirmou a importância de perseguir as "metas fiscais estabelecidas para a ancoragem (convergência para a meta) das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária". Como mostrou o Estadão, a equipe econômica criou um "plano de guerra" de curto prazo para tentar reduzir o bloqueio no Orçamento em março e, assim, manter a meta de déficit zero em 2024 - colocada em dúvida pelo mercado.

O encontro de ontem reuniu, pela primeira vez, os quatro membros indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o BC. Além de Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton de Aquino Santos (Fiscalização), participaram Rodrigo Teixeira (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais).

Pesquisa do Projeções Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que a expectativa do mercado é de mais dois cortes de 0,5 ponto nas reuniões de março e maio, com reduções de outras magnitudes se alongando até setembro. Na mediana das estimativas, a Selic deve fechar o ano em 9%. Mas a perspectiva de continuidade de queda da inflação, segundo analistas, pode permitir uma segunda rodada de redução da Selic em meados de 2025.

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"À medida que tivermos uma inflação mais estável, próxima de 3,5%, e com o risco fiscal relativamente controlado, haverá espaço para um ajuste residual da Selic em 2025", diz a economista-chefe do Banco Inter (BVMF:BIDI4), Rafaela Vitória. Ela prevê que o ciclo atual de cortes acabe em dezembro, em 8,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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