Discussão de metas fiscais de 2024 e 2025 está na mesa, diz Tebet

Reuters

Publicado 02.04.2024 19:11

Atualizado 02.04.2024 20:15

BRASÍLIA (Reuters) - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira que o governo reavaliará mês a mês a meta de déficit primário zero estabelecida para este ano, acrescentando que, com os números da arrecadação, ficará mais claro se a meta de superávit de 0,5% do PIB para 2025 poderá ser mantida.

"Com os números fechados, nós vamos ter a realidade na nossa porta, se nós conseguiremos manter a meta de 0,5% de superávit primário", disse Tebet.

"O que eu posso adiantar, e que o ministro Haddad já adiantou, é que está na mesa a discussão da meta 2024 e 2025."

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou cravar a manutenção da meta de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a ser enviada ao Congresso até 15 de abril.

Segundo Tebet, seu ministério deve receber dados da receita para o próximo ano até quarta-feira e só então poderá iniciar discussões sobre a meta. Ela também afirmou ainda não ter se reunido com Haddad para comparar as estimativas de suas respectivas pastas -- outro ponto necessário, segundo ela, para iniciar os debates sobre as revisões.

"Ele (Haddad) tem o lado da receita, nós temos o lado da despesa. Nós ainda não nos encontramos para colocar na mesa. A menos B tem que dar zero, meta zero este ano. A menos B para 2025 tem que dar um superávit de 0,5%", disse.

"Se não der um superávit de 0,5%, nós vamos com muita clareza levar isso para a JEO (Junta de Execução Orçamentária) e dizer: ‘olha, os números não batem; ou nós vamos rever meta, ou não vamos rever meta’”, acrescentou.

No caso do cenário para este ano, segundo a ministra, só deve ser possível analisá-lo com precisão depois de maio, quando ficarão mais claras as perspectivas sobre a aprovação ou não de medidas do governo que tramitam no Congresso e uma possível alta da receita de até 15 bilhões de reais prevista no marco fiscal.