Reuters
Publicado 09.08.2019 10:24
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha pouca variação ante o real nesta sexta-feira, após abrir em alta depois de uma queda acentuada na véspera, tendo nova cautela no exterior no âmbito da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Às 10:12, o dólar avançava 0,21%, a 3,9350 reais na venda.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,21%, a 3,9267 reais na venda.
O dólar futuro de maior liquidez avançava por volta de 0,4% neste pregão.
Após um dia de redução das tensões na véspera, a guerra comercial entre norte-americanos e chineses volta a inserir cautela nos mercados no último dia desta semana marcada por volatilidade.
"Há poucos sinais de que os lados estão dispostos a fazer as concessões necessárias para colocar as coisas de volta nos trilhos", ponderou a equipe de analistas da XP Investimentos em nota a clientes.
Segundo reportagem da Bloomberg divulgada na noite de quinta-feira, o governo norte-americano estaria adiando uma decisão sobre licenças para empresas do país retomarem o comércio com a Huawei Technologies.
"Nos próximos dias, ainda por conta da instabilidade global, ele vai romper 4 reais. Houve sim um ajuste, pessoas realizando lucro, mas na realidade o global predomina sobre qualquer tipo de análise política", avaliou o gerente de câmbio da Tullett Prebon, Italo Abucater, referindo-se à volatilidade dos últimos dias.
De maneira geral, agentes financeiros entendem que qualquer fato positivo ligado à Previdência, como a sua aprovação na Câmara sem ter sido alterada por destaques, já estava precificada e, por isso, não tem potencial para fazer preço.
No panorama doméstico, que fica em segundo plano, agentes financeiros passam a acompanhar a tramitação da pauta econômica, mais notadamente a reforma da Previdência no Senado e o início das discussões sobre a reforma tributária.
O relator da reforma previdenciária no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) prometeu dar celeridade à condução da matéria e defendeu que seja preservada a essência do texto encaminhado pela Câmara, deixando as alterações para uma "PEC paralela".
Já com relação à reforma tributária, a expectativa é que o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresente a proposta na próxima semana. Na véspera, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que o texto trará um imposto sobre pagamento para bancar a desoneração da folha de pagamento.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019.
(Por Laís Martins)
Escrito por: Reuters
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