Reuters
Publicado 14.01.2022 18:11
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve queda e próximo das mínimas do dia nesta sexta-feira, com vendas na reta final da sessão estimuladas pela continuidade de um movimento de realização de lucros na divisa norte-americana, que acumulou na semana o maior declínio em mais de dois meses.
A moeda vem de quatro quedas consecutivas que a levaram para baixo de pelo menos dois suportes técnicos. Se fracassar em voltar acima dessas linhas, mais ordens de vendas podem ser acionadas, deixando o dólar sujeito a mais depreciação.
A semana foi de expressivo ajuste técnico do dólar no mundo, o que conduziu uma correção também no Brasil, com o mercado discutindo o ritmo de prováveis altas de juros nos Estados Unidos. Os investidores estrangeiros, por exemplo, venderam na B3 (SA:B3SA3) nesta semana até a quinta-feira (último dado disponível) 1,7 bilhão de dólares entre contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial tradicional.
O dado sugere que especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago podem ter dado sequência a um movimento de redução de apostas contra a moeda brasileira. Na virada do ano, esse grupo de agentes financeiros --que costuma operar com posições de maior risco e muitas vezes direcionais-- fez a maior compra líquida de reais em cerca de um mês.
"De acordo com nossas previsões de retorno total para 2022, real, rublo russo e baht tailandês devem ser as três moedas com melhor desempenho em 2022", disseram estrategistas do Bank of America (NYSE:BAC) em relatório, que veem essas moedas como "baratas".
A estimativa do BofA para o fim do ano é de taxa de câmbio nominal de 5,70 reais por dólar --alta de 2,27% para o dólar e queda de 2,22% para o real. Contudo, os retornos totais embutem ainda as taxas de juros a termo, que têm como referência o juro básico da economia (a Selic).
O retorno implícito em contratos de balcão de taxa de câmbio a termo (NDFs, nas sigla em inglês) de um ano estava em cerca de 11,4% ao ano, nas máximas desde o fim de 2016.
Ao fim desta sexta, o dólar à vista caiu 0,29%, para 5,5125 reais na venda, menor patamar desde 16 de novembro do ano passado (5,4999 reais).
Ao longo do pregão, a divisa oscilou entre alta de 0,46%, a 5,5541 reais, e queda de 0,35%, a 5,5090 reais.
O recuo desta sexta foi o quarto seguido, período em que o dólar perdeu 2,82%. A moeda não caía por quatro pregões seguidos desde agosto do ano passado.
Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 2,12%, a mais forte desde a também queda de 2,12% registrada na semana finda em 5 de novembro de 2021.
Em 2022 até agora, o dólar recua 1,09%.
Escrito por: Reuters
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.