Reuters
Publicado 07.12.2020 17:28
Atualizado 07.12.2020 18:10
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou estável contra o real nesta segunda-feira, conforme uma onda de compras perto do fim da sessão tirou a moeda da rota de mínimas em quase seis meses, com o mercado adotando postura mais defensiva em meio a receios de ordem fiscal.
A puxada do mercado no fim da tarde foi motivada por leituras de que o texto da PEC Emergencial, cujo relator é o senador Márcio Bittar (MDB-AC), permitiria que a despesa financiada com receita desvinculada fique fora do teto de gastos por um ano, conforme informado pela Broadcast, citando fontes.
"É contabilidade criativa", resumiu um profissional do mercado.
Logo após a divulgação da notícia e em meio à piora dos mercados --os juros futuros dispararam e o Ibovespa passou a cair--, o Ministério da Economia divulgou nota na qual se diz "contra qualquer proposta que trate da flexibilização do teto de gastos, mesmo que temporária".
Além disso, à Reuters, o senador Márcio Bittar negou que seu relatório previsse que despesa financiada com receita desvinculada fique fora do teto de gastos por um ano.
Com isso, o dólar futuro, que havia resistido e se mantinha em queda de cerca de 0,5%, passou a cair em torno de 1%. Por volta de 17h41, o contrato cedia 0,68%, a 5,1205 reais, longe da mínima de pouco antes do fechamento (perto de 5,08 reais) e da menor taxa do dia (5,0575 reais).
Apesar do recente otimismo com vacinas contra a Covid-19 e a recuperação global, analistas têm destacado que o ponto frágil do mercado brasileiro segue no campo fiscal.
O Société Générale (PA:SOGN), por exemplo, ainda aposta que o dólar baterá 6 reais, com pressão cambial advinda de expectativa de deterioração nos cenários fiscal e de dívida, além de projetada desaceleração no crescimento econômico brasileiro e de cenário de juros baixos.
O Société calcula que o dólar fechará o primeiro trimestre de 2021 em 5,7 reais. Ao fim dos trimestres seguintes, a moeda ficará em 5,6 reais, 5,7 reais e 5,8 reais, respectivamente.
Escrito por: Reuters
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