Coronavírus pode custar uma década à América Latina e ao Caribe, diz Cepal

Reuters

Publicado 30.07.2020 12:57

Atualizado 30.07.2020 17:15

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A crise do coronavírus pode fazer a América Latina e o Caribe regredirem uma década, conforme os países sofrem com economias vacilantes e uma pobreza crescente, disseram a comissão econômica da ONU para a região e a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.

A estimativa é que a pobreza aumentará 7 pontos percentuais na região na comparação com o ano passado, agregando mais 45 milhões de pessoas, de acordo com um relatório da OMS e da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal).

O número de desempregados deve subir para 44 milhões, um aumento de mais de 18 milhões quando comparado com 2019, e se projeta que a economia da região encolherá 9,1%, segundo o relatório.

"As Américas correm o risco de perder anos de ganhos de saúde em uma questão de meses. Isto é trágico", disse Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em uma coletiva de imprensa.

Uma apresentação com destaques do relatório alertou que a pandemia de coronavírus pode provocar uma "década perdida" se a renda per capita cair para níveis que não eram vistos desde 2010, como previsto.

Como parte do choque econômico, 2,7 milhões de negócios formais da região devem fechar, segundo o relatório.