Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira

Investing.com  |  Autor Peter Nurse

Publicado 19.04.2023 06:28

Atualizado 19.04.2023 08:09

Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- A Netflix decepcionada com a extensão de suas adições de assinantes no primeiro trimestre, enquanto a Fox resolveu seu processo de difamação pela Dominion, sofrendo um pesado golpe financeiro no processo. Os ganhos da Tesla serão divulgados após o fechamento, enquanto a inflação do Reino Unido está se mostrando particularmente desafiadora. No Brasil, repercussão do novo arcabouço fiscal do governo, que deve substituir o teto de gastos.

1. Netflix decepciona com guidance

A nova temporada de ganhos recebeu resultados da Netflix (NASDAQ:NFLX) após o encerramento do pregão na terça-feira, e enquanto os ganhos do gigante do streaming no primeiro trimestre superaram as estimativas, o guidance ficou aquém das expectativas.

Netflix também adicionou 1,75 milhões de usuários, comparado com uma perda de 200.000 no mesmo período do ano passado, mas que falhou ficou aquém das estimativas de mais de 2 milhões de adições líquidas. Também projetou que as adições líquidas pagas no segundo trimestre seriam "aproximadamente similares às do primeiro trimestre de 23".

A empresa serve como um sinalizador para a indústria de streaming, na qual o crescimento tem desacelerado à medida que a concorrência se intensificou. Suas ações caíram 1% no comércio após o horário comercial.

Há mais ganhos a serem digeridos na quarta-feira, incluindo o maior credor Morgan Stanley (NYSE:MS) antes do gigante dos veículos abertos e elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) após o sino de fechamento.

Os futuros dos Estados Unidos foram negociados em baixa na quarta-feira, quando os investidores digeriram relatórios de ganhos mistos de várias das principais empresas.

Às 8h04 (de Brasília), o contrato Dow futuros caía 0,35%, S&P 500 futuros estava em baixa de 0,53% e Nasdaq 100 futures recuava 0,76%.

Enquanto Bank of America (NYSE:BAC) e Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) superaram as expectativas na terça-feira, outras grandes empresas como Goldman Sachs (NYSE:GS) e Netflix ficaram aquém de algumas medidas.

Tesla lidera o cronograma de ganhos na quarta-feira após o fechamento, e os investidores também estarão atentos ao lançamento do Livro bege do Fed mais tarde na sessão, pois ele poderia dar mais cor aos investidores sobre as condições econômicas em todo o país.

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2. A Fox resolve o processo de Dominion

A Fox Corp (NASDAQ:FOXA), proprietária da Fox News, resolveu um processo por difamação da Dominion Voting Systems por US$ 787,5 milhões, o maior acordo já celebrado por uma empresa de mídia americana.

Dominion tinha buscado US$ 1,6 bilhões em danos na ação judicial movida em 2021 sobre a cobertura do gigante da mídia de falsas reclamações de fraudes eleitorais nas eleições americanas de 2020.

Por mais caro que este acordo seja, os advogados da Fox devem ter pensado que ele ainda representava um bom negócio, uma vez que, ao lado dos US$ 1,6 bilhões, Dominion também estava buscando indenizações punitivas em qualquer quantia que os jurados julgassem conveniente.

Além disso, o acordo poupou vários funcionários bem conhecidos da Fox, incluindo o presidente da empresa, Rupert Murdoch, de 92 anos, de ter que responder a perguntas potencialmente embaraçosas.

Enquanto este acordo encerra este processo judicial em particular, outra empresa com direito a voto nos Estados Unidos, a Smartmatic, está buscando US$ 2,7 bilhões da Fox em uma ação judicial semelhante pendente na Suprema Corte do Condado de Nova York.

O fato de a Fox ter optado por um acordo é susceptível de proporcionar à Smartmatic a confiança de um resultado semelhante.

As ações da Fox caíram 0,03% nas negociações pré-comercialização.

3. A inflação no Reino Unido continua a preocupar

O Reino Unido recebeu outra surpresa desagradável de inflação na quarta-feira, pois seu Índice de preços ao Consumidor (IPC) de março permaneceu em dois dígitos, a maior taxa de inflação de preços ao consumidor da Europa Ocidental.

Dados divulgados no início da quarta-feira mostraram que indicador de inflação chegou a 10,1% em março, uma pequena queda em relação aos 10,4% de fevereiro, e acima da previsão de 9,8%.

Este nível elevado foi impulsionado em grande parte pelos preços de alimentos e bebidas não-alcoólicas, que aumentaram 19,1% em termos anuais em março - o maior aumento desde agosto de 1977.

No mês passado, o Banco da Inglaterra disse esperar que a inflação "caísse significativamente" no segundo trimestre, prevendo uma inflação de 9,2% em março, e, portanto, este número provavelmente levará o Banco Central a aumentar as taxas de juros no próximo mês mais uma vez.

Os dados do IPC da zona do euro de março também foram divulgados no início da quarta-feira, com o CPI subindo 0,9% no mês de março, um aumento anual de 6,9%, uma queda em relação aos 8,5% vistos em fevereiro.

4. Os preços do petróleo caem com o medo de desaceleração do crescimento nos EUA

Os preços do petróleo enfraqueceram na quarta-feira, pesados pela preocupação de que outro aumento do Fed dos EUA atinja a atividade econômica na maior economia do mundo e grande consumidor de petróleo.

Às 8h05, os preços futuros do petróleo dos EUA caíram 1,93% a US$79,34 por barril, enquanto o contrato Brent caiu 1,98% para US$83,09 por barril.

O presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, discursou na terça-feira sobre a continuidade de altas nas taxa de juros para combater a inflação persistente, enquanto seu colega, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, sugeriu que mais um aumento da taxa de juros de 25 pontos-base era provável em maio.

Houve boas notícias na terça-feira, pois um relatório do setor Instituto Americano de Petróleo mostrou que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram cerca de 2,68 milhões de barris na semana passada.

O relatório oficial de inventário do Administração de Informação Energética deverá ser divulgado às 11h30.

5. No Brasil, repercussões do texto do novo arcabouço fiscal enviado ao Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregaram nesta terça-feira, 18, o texto com as novas regras fiscais aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco. O Projeto de Lei Complementar (PLP 93/23), se aprovado, deve substituir o regime de tetos de gastos, criado em 2016. Lira a Pacheco acreditam que a matéria deve ser debatida e apreciada com agilidade. A expectativa do presidente da Câmara é de que a aprovação ocorra até o dia 10 de maio.

O projeto limita o crescimento dos gastos públicos a 70% do aumento da receita primária do anterior, sendo que as arrecadações extraordinárias não serão consideradas para calcular o limite. “No entanto, a variação real da receita será medida, em termos reais, até junho do ano anterior, com base na inflação acumulada até junho, enquanto a correção monetária somada a essa variação real será composta pela inflação acumulada de janeiro a junho, acrescida das projeções do governo contidas na proposta orçamentária (PLOA) para julho a dezembro”, detalha em nota ao mercado Felipe Salto, economista-chefe da Warren, que avalia que a nova regra atende a expectativas e permitirá avanço real de 2,3% na despesa de 2024.

Segundo a Ativa Investimentos, o desenho do arcabouço não deve agradar a todos. “Seguimos apostando que a dinâmica da dívida não terá perspectiva mais suave, não abrindo espaço para convergência inflacionária e, dificultando pretendida redução da taxa Selic defendida pelo próprio executivo”. Na visão da Ativa, o cumprimento dos parâmetros é muito difícil. “Com isso seguimos apostando que a dinâmica da dívida não terá perspectiva mais suave, não abrindo espaço para convergência inflacionária e, dificultando pretendida redução da taxa Selic defendida pelo próprio executivo”, completam os economistas Étore Sanchez e Guilherme Sousa, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado.

Às 8h06 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 2,07% no pré-mercado.

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