Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Investing.com  |  Autor Peter Nurse

Publicado 15.06.2023 08:08

Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- O Federal Reserve suspendeu o aumento das taxas por enquanto, mas não por muito tempo, enquanto o banco central da China está indo na direção oposta, cortando as taxas de juros. O Banco Central Europeu é o próximo, e a expectativa é de que continue a apertar sua política monetária. Agência S&P eleva perspectiva para nota do Brasil.

1. O Fed sinaliza mais aumentos à frente

O Federal Reserve dos EUA anunciou uma pausa em seu ciclo de aumento das taxas na quarta-feira, conforme amplamente esperado, a primeira medida desse tipo desde que começou a aumentar as taxas de juros para combater a alta da inflação em março do ano passado.

Entretanto, essa decisão não significa que o banco central tenha encerrado sua política de aumento das taxas de juros, já que ele aumentou sua previsão da taxa referencial para uma taxa máxima de 5,6% no ponto médio em 2023, acima da previsão anterior de 5,1% observada em março.

Isso sugere que mais dois aumentos de 25 pontos-base continuam em jogo, provavelmente nos meses de verão, com o presidente do Fed, Jerome Powell, chamando a próxima reunião de julho de "ao vivo".

"Não tomamos uma decisão sobre julho", disse Powell após a reunião do Fed. "É claro que o assunto foi abordado na reunião de tempos em tempos, mas o foco estava realmente no que fazer hoje. Eu diria ... duas coisas: Primeiro, ainda não foi tomada uma decisão. Segundo, eu espero que seja uma reunião ao vivo."

Os futuros dos EUA foram negociados marginalmente em baixa na quarta-feira, com os investidores digerindo a sinalização do Federal Reserve sobre a probabilidade de mais aumentos nas taxas de juros, mesmo com a pausa em seu ciclo de aumento.

Às 8h03 (de Brasília), o contrato Dow futuros havia caído 0,23%, o S&P 500 futuros perdia 0,40%, e o Nasdaq 100 futuros recuava 0,62%.

O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que as futuras decisões sobre as taxas seriam tomadas com base em cada reunião, o que implica que as autoridades estariam atentas aos próximos dados econômicos para ajudar a orientar as decisões.

Há uma série de divulgações a serem feitas na quinta-feira que serão estudadas cuidadosamente, incluindo vendas no varejo de maio, os índices de manufatura NY Empire State e Fed de Filadélfia de junho e produção industrial de maio.

Além disso, estão programados os lucros de empresas como a cadeia de supermercados Kroger (NYSE:KR) e a empresa de software de computador Adobe (NASDAQ:ADBE).

2. O Banco Central da China adota uma postura oposta

Enquanto o Fed sinalizava mais aperto monetário à frente, o banco central da China aumentou seu estímulo monetário para ajudar a apoiar uma economia em declínio.

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Na quinta-feira, o Banco Popular da China reduziu a taxa de seus empréstimos de um ano em 10 pontos-base, para 2,65%, a primeira redução desde agosto, apenas alguns dias depois de cortar sua taxa de recompra reversa de sete dias em 10 pontos-base, de 2,00% para 1,90%.

Dados recentes mostraram que a recuperação da China está estagnada, à medida que a demanda doméstica e global vacila, com dados divulgados na quinta-feira anterior mostrando que a produção industrial cresceu 3,5% em maio em relação ao ano anterior, mais devagar do que a expansão de 5,6% em abril.

Além disso, o vendas no varejo cresceu 12,7% no mesmo mês, perdendo as previsões de crescimento de 13,7% e desacelerando em relação aos 18,4% de abril.

3. BCE continuará o ciclo de aumentos

A semana de reuniões dos principais Bancos Centrais continua, com o Banco Central Europeu (BCE) praticamente certo de aumentar os custos de empréstimos para o nível mais alto em 22 anos na quinta-feira.

A Inflação na zona do euro caiu para 6,1% ao ano em maio, mas ainda é mais do que o triplo da meta de 2% do BCE, e crescimento dos preços subjacentes, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, está apenas começando a desacelerar.

"As pressões sobre os preços continuam fortes", disse a Presidente do BCE, Christine Lagarde, no início deste mês. "Nossas decisões futuras garantirão que as taxas de política monetária sejam levadas a níveis suficientemente restritivos para alcançar um retorno oportuno da inflação à nossa meta de médio prazo de 2% e serão mantidas nesses níveis pelo tempo que for necessário."

Além do aumento de hoje, em grande parte já precificado, é provável que o BCE deixe a porta aberta para mais aumentos, continuando a combater a inflação mesmo com a estagnação do crescimento na região.

4. Preços do petróleo sobem, mas o sentimento continua fraco

Os preços do petróleo se estabilizaram na quinta-feira, após a venda da sessão anterior, ajudados por um corte nas taxas chinesas para sustentar a economia em dificuldades do maior importador de petróleo do mundo.

Às 8h03 (de Brasília), os futuros do petróleo dos EUA estavam 1,25% mais altos, a US$ 69,14 por barril, enquanto o contrato do Brent subia 1,28%, para US$ 74,14 por barril.

 

No entanto, ambos os índices de referência estão em curso para perdas substanciais esta semana, em meio a preocupações persistentes sobre a desaceleração da demanda global de petróleo bruto e o superaquecimento da oferta.

A Agência Internacional de Energia declarou em seu mais recente relatório mensal, publicado na quarta-feira, que os mercados de petróleo podem se retrair "significativamente" nos próximos meses, mas o crescimento da demanda diminuirá nos próximos anos, uma vez que os preços altos e a crise da Ucrânia ajudam a acelerar a transição para longe dos combustíveis fósseis.

JPMorgan Chase juntou-se à enxurrada de bancos que estão cortando as previsões de preços do petróleo para este ano, pois vê o crescimento da oferta global compensando um aumento recorde na demanda. Ele reduziu sua previsão de preço médio do Brent para 2023 de US$ 90 para US$ 81 por barril, e para o West Texas Intermediate de US$ 84 para US$ 76 por barril.

5. S&P eleva perspectiva para nota brasileira

A agência de classificação de risco S&P reafirmou o rating "BB-" do Brasil, mas elevou a perspectiva para a nota de crédito pela primeira vez desde dezembro de 2019, saindo de estável para positiva.

Segundo a S&P, a alteração ocorreria devido a sinais de maior certeza sobre a estabilidade das políticas fiscal e monetária. Ainda que o Brasil ainda apresente déficits fiscais significativos, a nova regra fiscal e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) podem resultar em uma dívida menor do que o esperado, possibilitando o ciclo de flexibilização monetária.

De acordo com Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a mudança significa que nos próximos anos nota do Brasil pode ser revisada para BB. “A faixa BB como um todo é aquela na qual o país é menos vulnerável no curto prazo, porém enfrenta incertezas contínuas relativas às condições de negócio, financeiras e econômicas adversas”, avalia.

Às 8h04 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 1,42% no pré-mercado.

Petrobras (BVMF:PETR4): Veja 5 polêmicas envolvendo a empresa no governo Lula, no vídeo abaixo:

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