Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Por Geoffrey Smith e Jessica Bahia Melo

Invesitng.com -- As reuniões dos Bancos Centrais devem dominar a semana, com o Federal Reserve, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra, todos com expectativa de aumentar suas taxas-chave em 50 pontos-base. A antecipação está mantendo os mercados relativamente calmos até lá.

Amgen é o último de pé em um leilão de US$ 26 bilhões para a Horizon Therapeutics, enquanto a Microsoft vai tomar uma participação no Grupo da Bolsa de Valores de Londres como parte de um grande negócio para vender serviços Azure. A carga de casos de covid da China parece estar explodindo, atingindo os ativos locais e os preços do petróleo. No Brasil, semana decisiva para tramitação da PEC da Transição na Câmara.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na segunda-feira, 12 de dezembro.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

A cortina sobe em uma semana marcada para ser dominada pelas reuniões dos bancos centrais nos Estados Unidos e na Europa, que provavelmente trarão outro aperto das condições financeiras globais.

Espera-se que o banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed), aumente a taxa de juros em 50 pontos base para um limite superior de 4,50% na quarta-feira, após quatro etapas de alta de 75 pontos base em cada uma de suas últimas quatro reuniões. Espera-se que o Banco Central Europeu siga o exemplo na quinta-feira, juntamente com Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco Nacional Suíço.

Quaisquer dúvidas sobre as caminhadas do BoE esta semana foram provavelmente colocadas de molho mais cedo com os dados mostrando que a economia do Reino Unido subiu levemente mais do que o esperado no mês após o funeral da Rainha Elizabeth II, embora uma recessão nos próximos seis meses pareça inevitável.

CONFIRA: Monitor da taxa de juros do Federal Reserve

A Amgen (NASDAQ:AMGN) está em um acordo para comprar a Horizon Therapeutics (NASDAQ:HZNP), depois que a rival francesa Sanofi (NASDAQ:SNY) disse que sairia de um leilão pela farmacêutica no fim de semana, deixando a Amgen como o único licitante restante. A Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) já havia retirado seu interesse.

O negócio, avaliado em mais de US$ 26 bilhões, seria o maior já feito pela Amgen e poderia adicionar até US$ 4 bilhões por ano à sua receita anual, segundo algumas estimativas.

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A Horizon desenvolve medicamentos para doenças autoimunes e inflamatórias agudas raras. Seu maior vendedor é Tepezza, que é usado para tratar doenças oculares da tireóide. As ações da Amgen caíram 2,3% nas negociações de pré-mercado com o noticiário, enquanto as ações da Horizon subiram 15%.

De outra forma, espera-se que os mercados acionários dos EUA abram com leve alta mais tarde, embora se espere que os volumes sejam moderados, com muitos participantes efetivamente afastados antes da reunião do Federal Reserve.

CONFIRA: Cotação em tempo real das ações dos EUA no pré-mercado

Às 9h40, Dow Jones futuros subiu 0,16%, enquanto S&P 500 futures subiu 0,24% e Nasdaq 100 futures subiu 0,23%. Os três principais índices de caixa haviam perdido entre 1,4% e 2,1% na semana passada devido ao temor de que o Fed continuasse a se contrair por mais tempo do que se pensava anteriormente, com a taxa de fundos federais atingindo um pico de mais de 5%.

Outras ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem a Microsoft (NASDAQ:MSFT) (BVMF:MSFT34), que está preparada para tomar um 4% de participação em London Stock Exchange Group (LON:LSEG) em troca de um grande compromisso de 10 anos com seu serviço de hospedagem em nuvem Azure. O diretor do Azure, Scott Guthrie, deverá ocupar um lugar não executivo na diretoria como parte do acordo.

Também em foco estará a Rivian (NASDAQ:RIVN), que suspendeu um projeto que o teria visto lançar a fabricação de furgões elétricos na Europa em parceria com a Mercedes. As ações da Rivian caíram quase 5% no pré-mercado, enquanto que a Mercedes (ETR:MBGn) caiu 1,04% em Frankfurt.

CONFIRA: Cotação dos principais índices futuros

Em manobra legislativa para acelerar o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou que o texto fosse apensado a outra proposta que já está em tramitação avançada. Assim, a matéria deve ser votada em plenário nesta quarta-feira, 14.

“Ainda pairam algumas dúvidas sobre o texto, mas ao que tudo indica, a matéria deverá tramitar sem alterações que exijam o retorno para o Senado, passando em breve para a promulgação”, acredita a Ativa Investimentos.

Já a XP (BVMF:XPBR31) afirma que a elevação nos gastos prevista na PEC “provavelmente levará o saldo fiscal para território negativo e aumentará a dívida pública”.

A PEC precisa ser aprovada antes da votação do projeto relativo ao Orçamento do ano que vem. Enquanto isso, o relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse que deve apresentar seu parecer até o final da noite desta segunda e a expectativa é de votação na Comissão Mista do Orçamento quinta-feira.

CONFIRA: Cotação das ações brasileiras

Os índices de ações chineses caíram junto com o iuan depois que as autoridades anunciaram um aumento acentuado nas internações com a doença nas clínicas do país.

Os números, juntamente com extensas evidências anedóticas de um serviço de saúde sob pressão crescente, indicam a rapidez com que a covid-19 se espalhou desde que as restrições à mobilidade foram atenuadas no início do mês em resposta a protestos generalizados que descarregaram sua raiva no Partido Comunista e Presidente Xi Jinping em pessoa.

As clínicas de febre de Pequim receberam 22 mil pessoas no domingo, 16 vezes mais do que na semana anterior, de acordo com o Global Times, um porta-voz do PCC em língua inglesa. Outros relatos da mídia notaram longas filas de pessoas fora dos hospitais esperando por tratamento, a interrupção dos serviços de entrega devido a doenças dos correios e a mídia estatal pedindo às pessoas que não ligassem para a linha direta de emergência médica, a menos que estivessem gravemente doentes.

CONFIRA: Cotação das principais taxas de câmbio

Os preços do petróleo bruto testaram mínimas de 13 meses durante a noite em resposta às notícias da covid-19 da China, que estão lançando dúvidas crescentes sobre as perspectivas de crescimento do país para os próximos seis meses. Os analistas do Citigroup (NYSE:C) cortaram sua previsão média para o petróleo no próximo ano em 10%, para US$ 80 o barril.

A situação ofuscou os comentários do presidente russo, Vladimir Putin, que alertou que a Rússia pode cortar a produção de petróleo em resposta às medidas ocidentais para limitar o preço das exportações do país. Os desenvolvimentos iniciais, após a imposição desse limite, deixaram a maior parte das exportações russas com grandes descontos, enquanto lutam para encontrar compradores dispostos a pagar pelos altos custos de transporte.

Às 9h43, os futuros do petróleo WTI caíram 0,11% a US$70,94 por barril, enquanto os do Brent recuaram 0,57%, a US$75,67 por barril.

CONFIRA: Cotação das principais commodities