Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Investing.com  |  Autor Scott Kanowsky

Publicado 05.06.2023 08:04

Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- A Arábia Saudita promete reduzir a produção de petróleo a partir do próximo mês, enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, assina um projeto de lei que eleva o teto da dívida do país e evita um calote possivelmente catastrófico. Em outros lugares, Apple se prepara para revelar um fone de ouvido de "realidade mista" há muito aguardado. No Brasil, governo deve elevar receita de impostos de empresas petrolíferas.

1. Promessa de corte na produção saudita eleva os preços do petróleo

Os preços do petróleo subiram acentuadamente na segunda-feira, depois que a Arábia Saudita, o maior exportador do mundo, prometeu, no fim de semana, cortes adicionais na produção a partir de julho, o que provavelmente restringirá ainda mais o mercado no segundo semestre do ano.

Os sauditas anunciaram no domingo que sua produção cairia para 9 milhões de barris por dia no próximo mês, um corte de cerca de um milhão de barris por dia em relação aos níveis de produção de maio. O ministro de energia do reino também observou que o corte poderia ser estendido.

Enquanto isso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, concordaram em uma reunião no fim de semana em reduzir suas metas gerais de produção em 1,4 milhão de barris por dia a partir de janeiro de 2024.

O grupo, conhecido como OPEP+, tem tentado dar apoio adicional aos preços do petróleo, que vêm caindo nos últimos meses devido a preocupações com a desaceleração do crescimento global e a demanda lenta.

Às 8h (de Brasília), os contratos futuros do petróleo dos EUA foram negociados em alta de 1,92%, a US$ 73,12 por barril, enquanto o contrato do Brent subia 1,77% para US$ 77,48 por barril.

2. Biden assina projeto de lei sobre o limite da dívida

Com os EUA a poucos dias de um default, o presidente Joe Biden assinou oficialmente um projeto de lei que aumenta o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões do país.

A assinatura marca o desfecho de um drama de semanas em Washington que fez com que os mercados globais observassem nervosamente cada reviravolta. O Departamento do Tesouro havia alertado que o governo federal poderia ficar sem dinheiro para pagar suas contas até 5 de junho se os legisladores não conseguissem elevar o limite da dívida.

As difíceis negociações entre Biden e o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Kevin McCarthy, resultaram em uma legislação que conseguiu passar por ambas as câmaras do Congresso, apesar da oposição declarada de conservadores e progressistas linha-dura. A medida suspende o limite de empréstimos até 2025 e limita alguns gastos do governo.

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Os futuros das ações dos EUA estavam misturados na segunda-feira, depois que os principais índices registraram ganhos sólidos para fechar a semana anterior, graças, em parte, ao acordo sobre o teto da dívida e a um maio mais forte do que o previsto relatório de empregos.

Às 8h (de Brasília), o contrato Dow futuros ganhava 0,10%, enquanto o S&P 500 futuros subia 0,06% e o Nasdaq 100 futuros recuava 0,15%.

O S&P 500 teve um salto de 1,45% na sexta-feira, levando o índice de referência à sua melhor semana desde março. O Dow Jones Industrial Average, de base ampla, também subiu 2,12% e o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, ganhou 1,07%.

Juntamente com o progresso do limite da dívida em Washington, os dados de sexta-feira mostraram que a economia dos EUA criou 339.000 empregos no mês passado, muito mais do que as estimativas. O crescimento dos salários também diminuiu.

Os números sinalizaram que a maior economia do mundo pode não estar caminhando para uma recessão e indicaram que o Federal Reserve poderia interromper uma longa campanha de aumento das taxas de juros em sua reunião de política de junho. Esses dois fatores ajudaram a impulsionar o sentimento dos investidores.

3. Atividade do setor de serviços da China se acelera em maio

O crescimento do setor de serviços da China acelerou em maio, segundo uma pesquisa privada divulgada na segunda-feira, já que o relaxamento das medidas contra a covid-19 continuou a impulsionar a demanda dos consumidores e o emprego no setor de serviços.

O Índice de gerentes de compras de serviços Caixin (PMI) subiu para 57,1 em maio, de 56,4 em abril, superando as expectativas de uma leitura de 55,2. O índice cresceu pelo quinto mês consecutivo depois que a China relaxou a maioria das restrições contra a covid no início de 2023.

O setor de serviços da China se saiu muito melhor do que a indústria manufatureira, que viu a atividade se contrair durante o mês. A manufatura é, de longe, o maior impulsionador econômico do país, com a fraqueza do setor podendo anunciar uma desaceleração na incipiente recuperação pós-pandemia da economia.

4. Apple anunciará um fone de ouvido de "realidade mista

As atenções se voltarão ainda hoje para a conferência de desenvolvedores da Apple (NASDAQ:AAPL) em sua sede na Califórnia, onde o gigante da tecnologia está se preparando para revelar um novo fone de ouvido de "realidade mista" que vem sendo desenvolvido há sete anos.

O dispositivo tem como objetivo reunir a realidade aumentada, que imprime imagens digitais no mundo real, e a realidade virtual, que imerge os usuários em uma simulação gerada por computador.

Normalmente, a Apple anuncia novas atualizações de software em seu evento anual, mas, desta vez, a empresa revelará sua mais nova peça de hardware desde o lançamento do Apple Watch em 2015. Especula-se sobre o impacto do lançamento, com observadores se perguntando se o fone de ouvido despertará um ressurgimento do interesse pela tecnologia de AR/VR, que foi suplantada recentemente por um frenesi em torno da inteligência artificial generativa.

Os relatórios dizem que o dispositivo não será barato: Estima-se que o custo chegue a US$ 3.000.

5. Receitas de impostos de empresas petrolíferas

Após a aprovação de uma medida provisória (MP) no Congresso Nacional que trata dos preços de transferências internacionais, o governo federal prepara mudanças tributárias que podem elevar a receita anual com empresas exportadoras, principalmente as petrolíferas, em torno de R$30 bilhões por ano. A medida muda o critério de cálculo do preço do combustível, em linha com regras da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A regra que muda os preços de transferência, prevista na MP, entraria em vigor no ano que vem, mas a Receita pode negociar a antecipação.

As alterações da Receita Federal e pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) devem beneficiar estados e municípios produtores da commodity, informou o jornal O Globo. Em uma das frentes, a Receita aponta que companhias que vendem a commodity para subsidiárias fora do país e praticam a revenda em seguida por cotações mais altas possuem lucro não tributado e seria necessário “corrigir distorções”.

Às 8h01 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,52% no pré-mercado.

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