Guedes não pediu demissão e segue à frente da Economia, dizem fontes

Reuters

Publicado 22.10.2021 12:40

Por Marcela Ayres e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, não pediu demissão do cargo, informaram duas fontes da pasta com conhecimento direto do assunto.

Uma das fontes destacou que o ministro "sabe sua responsabilidade" e que sua permanência é aval importante para economia não sair do trilho. A mesma fonte pontuou que o presidente Jair Bolsonaro segue apoiando a condução do ministério por Guedes.

Boatos em torno da saída do ministro mexiam com os preços dos ativos nesta manhã, guiando a alta do dólar e a queda da bolsa.

Mais cedo, o ministro cancelou participação que faria em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta sexta-feira, conforme assessoria de imprensa da entidade, o que ajudou a alimentar os rumores.

As atenções se voltavam em peso para como ficará o comando do Ministério da Economia após o anúncio na véspera do pedido de exoneração do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, bem como de seus adjuntos.

As saídas marcam nova rodada de baixas na equipe econômica em meio à sinalização do governo de que irá contornar a regra do teto de gastos para colocar de pé um novo Bolsa Família mais robusto.

Segundo uma das fontes ouvidas pela Reuters, Guedes deverá indicar seu assessor especial Esteves Colnago para o posto de Funchal. A segunda fonte ponderou que Colnago é visto como "excelente nome".