Reuters
Publicado 10.04.2024 12:08
Atualizado 10.04.2024 12:31
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BRASÍLIA (Reuters) - A inflação no Brasil está controlada, apresentado uma elevação cada vez menor enquanto o nível de desemprego diminui, disse nesta quarta-feira o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após dados do IBGE mostrarem uma alta de preços menor que o esperado em março.
Em entrevista a jornalistas, o ministro ponderou que o cenário econômico segue desafiador, com necessidade de um equacionamento das contas públicas, destacando a expectativa de votações importantes no Congresso Nacional que têm efeito fiscal.
“Eu já me reuni com o presidente (da Câmara, Arthur) Lira, já me reuni com o presidente (do Senado, Rodrigo) Pacheco, para que nós tenhamos clareza de que o trabalho do ano passado foi muito importante, mas nós precisamos completar esse trabalho, nós precisamos fechar o ciclo de ajuste das contas”, disse Haddad.
“Vocês viram que a inflação veio hoje bem abaixo do previsto, ou seja, a inflação está controlada no Brasil, a gente vem dizendo isso reiteradamente.”
A inflação no país desacelerou com força em março e atingiu o nível mais fraco em oito meses, com a taxa em 12 meses indo abaixo de 4% pela primeira vez desde julho do ano passado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16% em março, ficando abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,25% no mês.
A resistência do Congresso em aceitar a redução de incentivos tributários -- como os benefícios sobre a folha salarial de 17 setores da economia e a renúncia tributária para o setor de eventos -- tem gerado incerteza sobre a capacidade do governo de zerar o déficit primário neste ano e alcançar o prometido superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025.
Na entrevista, Haddad disse ter feito reunião com ministros da área econômica nesta quarta-feira para tratar de questões orçamentárias, mas ponderou que o tema da meta fiscal de 2025 não teria sido debatido.
Segundo ele, a decisão sobre o alvo fiscal para o próximo ano será divulgada junto com o envio ao Congresso do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), previsto para a próxima segunda-feira.
(Por Bernardo Caram)
Escrito por: Reuters
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