Já observamos maior demanda por LFT curta, diz subsecretário de Dívida Pública

Reuters

Publicado 30.10.2020 18:51

Atualizado 30.10.2020 19:40

BRASÍLIA (Reuters) - O subsecretário de Dívida Pública, José Franco, afirmou nesta sexta-feira que o Tesouro já observou maior procura por LFT curta, após o lançamento desse título público com vencimento em março de 2022.

Em coletiva de imprensa, contudo, ele pontuou que ainda é cedo para uma análise profunda das medidas adotadas em conjunto com Banco Central e frisou ser fundamental haver a estabilização dos prêmios da LFT para que o Tesouro volte a observar demanda mais significativa pelo papel.

"Esperamos atrair parte do volume das compromissadas para títulos públicos à medida que cenário fiscal ficar mais claro e quando prêmio da LFT se estabilizar", disse.

Mais cedo este mês, BC e Tesouro anunciaram mudanças nos critérios para os leilões de operações compromissadas com títulos públicos e também alterações no cronograma de venda desses papéis ao mercado, em um esforço para reduzir a pressão sobre as condições de financiamento da dívida pública.

Nesse contexto, o Tesouro passou a ofertar LFTs com vencimento em março de 2022, deixando de disponibilizar o prazo março de 2023, e anunciou leilões de NTN-B com vencimento em maio de 2023.

Em relação à introdução da NTN-B 2023 --papel com remuneração atrelada à inflação--, Franco afirmou que o Tesouro já percebeu que, com um leilão realizado, a venda foi "muito boa" e que foi possível tirar um pouco de pressão do mercado de LTN, um dos objetivos da medida.

Franco reforçou que o Tesouro fechará este ano com recursos em caixa para honrar os vencimentos de dívida que ocorrerão nos quatro primeiros meses de 2021, de cerca de 600 bilhões de reais.