Lucro da Telefónica no 1º tri cai com pressão de custos
Reuters
Publicado 11.05.2023 11:23
MADRI (Reuters) - A Telefónica desapontou o mercado, nesta quinta-feira, com uma queda de 58% no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, uma vez que a empresa não conseguiu aumentar os preços de acordo com os custos.
A companhia espanhola de telecomunicações informou que seu lucro líquido caiu para 298 milhões de euros, enquanto a receita geral aumentou 6,7%, para 10,05 bilhões de euros. Os ganhos básicos caíram 2,4%, para 3,12 bilhões de euros.
A empresa conseguiu aumentar os preços na maioria dos países latino-americanos e no Reino Unido, onde as taxas estão atreladas à inflação e aumentou os preços de alguns produtos em outros lugares, mas custos como mão de obra e equipamentos de tecnologia da informação costumam subir mais rápido que os preços, disse o diretor de operações, Angel Vila, em entrevista.
"Conseguimos repassar quase tudo (aumento de custos), mas tivemos uma erosão de margem de lucro de cerca de um ponto percentual", afirmou.
A empresa também registrou um aumento de 19% nos pagamentos de juros durante o primeiro trimestre para 667 milhões de euros e registrou um ganho de capital de 200 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022 na venda de infraestrutura de telecomunicações na Colômbia.
A corretora CM Capital Markets disse que os resultados foram negativos para o preço das ações, já que o lucro líquido ficou abaixo das expectativas, enquanto a receita e os ganhos principais ficaram acima do consenso.
As ações caiam 4,2% às 8h12 (no horário de Brasília), tendo subido 19% até agora este ano.
A Telefónica disse que sua dívida financeira líquida, que pesou em seus negócios e no preço das ações no passado, caiu 244 milhões de euros, para 26,44 bilhões de euros.
A companhia reiterou a orientação para um crescimento de receita de um dígito baixo em 2023, após um aumento de 4% no ano passado, e a mesma taxa de crescimento para os ganhos principais.
(Por Inti Landauro)
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Escrito por: Reuters
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