Pelosi e Casa Branca mostram otimismo sobre negociações para acordo de estímulo fiscal nos EUA

Reuters

Publicado 22.10.2020 11:39

Atualizado 22.10.2020 13:35

Por David Morgan e Susan Heavey

WASHINGTON (Reuters) - A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta quinta-feira que os negociadores estavam progredindo nas tratativas com o governo Trump para outra rodada de ajuda financeira em meio à pandemia de Covid-19 e que o texto legislativo poderia ser elaborado "em breve".

Pelosi, o principal nome democrata no Congresso, deve retomar as negociações com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, ainda nesta quinta, enquanto os dois lados tentam chegar a um acordo sobre um pacote de 2 trilhões de dólares antes das eleições presidencial e parlamentar de 3 de novembro.

"Estou satisfeira (com) a posição em que estamos agora", disse Pelosi a repórteres. "Está próximo, está próximo. E a pergunta é: onde estará o presidente daqui para frente? Ele já tomou várias posições."

O presidente Donald Trump --que é republicado e recentemente pediu mais estímulo enquanto segue atrás do candidato democrata à Presidência, Joe Biden, em pesquisas nacionais de intenção de voto-- pareceu lançar dúvidas sobre um acordo na quarta-feira ao dizer que não via nenhuma maneira de os democratas concordarem com um pacote de estímulo.

"O foco principal deles é SOCORRER cidades e Estados democratas mal administrados (e com alto índice de criminalidade)", escreveu Trump no Twitter.

Mas na manhã desta quinta-feira, a porta-voz da Casa Branca Alyssa Farah disse à Fox Business Network: "Este é realmente o mais otimista que já estivemos sobre um acordo."

Pelosi disse que os dois lados estão reduzindo as diferenças sobre como atacar a pandemia e também acerca da ajuda aos governos estaduais e locais, fator este que tem sido um grande obstáculo.

"Estamos chegando mais perto do que precisamos fazer: acabar com o vírus, honrar nossos heróis, nossos governos estaduais e locais", disse Pelosi.

Ela disse que as negociações também se concentraram em créditos fiscais para ajudar os norte-americanos de baixa renda duramente atingidos pela pandemia, que matou mais de 221 mil pessoas e deixou milhões sem emprego.