Presidente do Fed deve manter tom duro em depoimento ao Senado nesta semana
Investing.com | Autor Ambar Warrick
Publicado 04.03.2024 10:24
Investing.com — O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, deve manter um tom rígido sobre os juros e a inflação nos Estados Unidos, ao falar ao Congresso nesta semana, segundo analistas do Grupo ANZ em um relatório na segunda-feira, 4.
Powell não deve dar novas indicações, mas deve repetir que o Fed quer ver mais provas de que a inflação está diminuindo antes de pensar em baixar os juros.
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"Ele deve manter seu tom duro e seguir a mesma linha que vem usando desde a reunião do Fomc [Comitê Federal de Mercado Aberto] de janeiro, ou seja: o Fed quer provas mais fortes de que a inflação está voltando para 2%", disseram os analistas da ANZ em um relatório.
Eles disseram ainda que a economia dos EUA continuava em "boas condições", enquanto a inflação seguiu em queda nos últimos meses. Mas a redução da inflação ainda não era o bastante para dar confiança em um retorno duradouro à meta anual de 2% do Fed.
A força da economia dos EUA permite ao Fed esperar por mais evidências de que a inflação está caindo. O banco central deve ter confiança suficiente até o meio do ano para começar a relaxar a política monetária, disseram os analistas da ANZ, afirmando que achavam as atuais condições de política do Fed bastante apertadas.
A previsão deles está de acordo com as expectativas mais gerais do mercado para um corte de juros de 0,25 ponto percentual em junho, segundo a ferramenta CME Fedwatch.
Os analistas da ANZ também disseram que os dados de emprego de fevereiro, que serão divulgados nesta sexta-feira, devem crescer em um ritmo mais lento, mas ainda bem acima do que o Fed acha confortável.
O Fed manteve os juros em uma máxima de mais de 20 anos desde julho de 2023 - uma tendência que esfriou um pouco o mercado de trabalho e a inflação. Mas os dados de janeiro mostraram que o mercado de trabalho dos EUA ainda estava bastante forte, enquanto a inflação continuava alta e bem acima de 2%.
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Escrito por: Investing.com
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