Primeira queda nos depósitos bancários dos EUA em 4 semanas: O que isso significa?
Investing.com | Autor Yasin Ebrahim
Publicado 20.06.2023 10:57
Invesitng.com -- Os depósitos e a atividade de empréstimos dos bancos comerciais dos EUA caíram pela primeira vez em quatro semanas na semana encerrada em 7 de junho, segundo os dados mais recentes do Federal Reserve, lembrando que a recuperação da turbulência bancária da primavera ainda tem um longo caminho a percorrer.
Os depósitos em grandes bancos dos EUA caíram US$ 79,2 bilhões para US$ 17,203 trilhões em relação à semana anterior, em uma base ajustada sazonalmente, a maior queda desde março e a primeira em quatro semanas.
Os empréstimos de bancos comerciais caíram US$ 49,3 bilhões, para US$ 12,090 trilhões, em uma base ajustada sazonalmente, durante a semana.
Os empréstimos residenciais aumentaram US$ 31,2 bilhões, os empréstimos imobiliários comerciais subiram US$ 1,2 bilhão, enquanto os empréstimos ao consumidor subiram US$ 1,3 bilhão em relação à semana anterior. Os empréstimos comerciais e industriais caíram US$ 13 bilhões em relação à semana anterior, em uma base ajustada sazonalmente.
"Os dados mostram que a turbulência bancária observada a partir de 09 de março de 2023 continua a ter um impacto negativo sobre os empréstimos. Preocupações adicionais também foram geradas por declarações de reguladores financeiros, que mencionaram a preparação de novas regulamentações para os bancos dos EUA", comentou Gabriela Siller Pagaza, diretora de Análise Econômica e Financeira do Banco Base.
O primeiro declínio em quatro semanas na atividade de empréstimos ocorre no momento em que muitos continuam a ver mais sinais de aperto nas condições de crédito, o que prejudicaria não apenas o crescimento econômico, mas também a inflação. Isso, juntamente com a expectativa de novas regulamentações para o setor bancário dos EUA, pode complicar a concessão de empréstimos.
"Essas regulamentações poderiam resultar em um aumento de até 20% nos requisitos de capital, o que poderia afetar ainda mais a capacidade dos bancos de emprestar e restringir o acesso ao crédito para consumidores e empresas", explicou o especialista.
Com informações de Julio Sánchez Onofre
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Escrito por: Investing.com
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