Sem PEC dos precatórios, políticas públicas serão comprometidas em 2022, diz Funchal

Reuters

Publicado 10.08.2021 12:02

BRASÍLIA (Reuters) - O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, afirmou nesta terça-feira que se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios não for votada pelo Congresso o governo será obrigado a pagar a conta de precatórios de 89,1 bilhões de reais em 2022, o que inviabilizará várias despesas públicas.

"Imagine que não seja votada a PEC. A gente vai fazer Orçamento (de 2022), vai pagar o precatório e a gente vai comprometer diversas políticas públicas, inclusive uma muito importante que é por exemplo avançar com programa social mais robusto, que é demanda da sociedade", afirmou ele.

Em coletiva de imprensa, Funchal reiterou em diversos momentos que a proposta do governo busca compatibilizar o pagamento de precatórios com a regra do teto de gastos, considerando o crescimento vertiginoso dessa despesa.

Ele argumentou ainda que simplesmente retirar o pagamento dos precatórios do teto de gastos --solução que tem sido aventada por lideranças políticas-- não seria uma boa alternativa de partida, já que assim há menos incentivo para tratar e entender o crescimento dessas despesas.