Senado aprova PEC dos Precatórios; proposta volta à Câmara

Reuters

Publicado 02.12.2021 14:40

Atualizado 02.12.2021 15:05

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta quinta-feira, em dois turnos, a PEC dos Precatórios, que modifica as regras de quitação dessas dívidas do governo e altera o prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A proposta pretende dar margem ao Executivo para colocar em prática o Auxílio Brasil em substituição ao Bolsa Família, em caráter permanente. A intenção do governo é que sua aprovação ocorra a tempo de permitir o pagamento do benefício antes do Natal.

Alterado durante a tramitação no Senado, o texto terá de voltar à Câmara dos Deputados.

Mais cedo, o relator da PEC e líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), divulgou uma nova versão de seu parecer, acolhendo demandas de senadores na tentativa de ampliar o apoio à proposta.

Uma das mudanças acatadas por Bezerra diz respeito à vinculação de todo o espaço fiscal criado pela proposta para fins sociais e de assistência social.

"Cito-os: ampliação de programas sociais de combate à pobreza e à extrema pobreza; e saúde, previdência e assistência social. Assim, todo o esforço feito pelo Congresso Nacional na busca de recursos estará vinculado às finalidades sociais mais urgentes nesse momento de crise", explica o parlamentar no relatório.

"Outra sugestão que acolhemos... é a de reduzir o tempo em que o sublimite para precatórios vigorará. Em vez de vigorar por todo o tempo do Novo Regime Fiscal, ou seja, até 2036, o sublimite irá até 2026, dando tempo suficiente para o Poder Executivo melhor acompanhar o processo de apuração e formação dos precatórios e seus riscos fiscais, mas sem criar um passivo de ainda mais difícil execução orçamentária", acrescentou.

Bezerra informou ainda que retirou do texto medidas relacionadas à securitização de dívidas tributárias, tema que não contava com consenso na Casa.