Plenário da Câmara inicia discussão da reforma tributária; texto sofrerá apenas supressões, diz Lira

Reuters

Publicado 15.12.2023 13:39

Atualizado 15.12.2023 16:50

BRASÍLIA (Reuters) - O plenário da Câmara dos Deputados iniciou a discussão da reforma tributária em primeiro turno na tarde desta sexta-feira, após acordo selado na véspera em reunião de 4 horas de duração e a poucos dias do fim dos trabalhos do Congresso antes do recesso parlamentar.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia afirmado pouco antes que o texto da reforma não terá trechos reescritos e sofrerá apenas a retirada de alguns dispositivos.

"As alterações são de supressões; não temos alterações de texto", disse o presidente em plenário.

Pouco depois das declarações de Lira, o relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disponibilizou seu parecer, reforçando que ele preserva a estrutura da proposta, e manteve ajustes feitos pelo Senado -- a trava à carga tributária e benefícios ao setor automotivo. Aguinaldo também afirmou que foi resolvida polêmica envolvendo a Zona Franca de Manaus.

"Diante da forte rejeição à ideia de tributar as demais unidades da Federação com uma Cide, com o objetivo de aumentar a competitividade da região amazônica, e ainda direcionar os recursos desse tributo para a mesma região, chegou-se ao consenso de se alterar o modelo de benefício da ZFM, mantendo a vantagem competitiva da região com o uso do IPI e não da Cide", explicou o deputado, no relatório.

O relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), que participou das negociações para construir o texto em discussão nesta sexta, afirmou que a o resultado das discussões "resolveu" a questão do impasse da ZFM.