Aprovação de fusão com Fiat deixa Chrysler perto de sair da concordata

EFE

Publicado 01.06.2009 16:45

Atualizado 04.06.2009 07:53

Washington, 1º jun (EFE).- A montadora americana Chrysler ficou hoje mais próxima de sair da concordata depois de o juiz responsável por seu processo finalmente autorizar a transferência de seus ativos ao grupo que nascer da fusão com o grupo italiano Fiat.

"A transação com a Fiat é a única alternativa viável e a melhor opção possível diante da liquidação da empresa", disse o juiz de Nova York, Arthur González, no auto emitido na noite de ontem.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou hoje após a decisão do magistrado que a saída da Chrysler da situação de concordata ocorrerá em questão de dias.

Além disso, Obama declarou que a fusão com a Fiat permitirá salvar "dezenas de milhares de postos de trabalho" nos EUA e abrirá "o caminho para uma empresa mais competitiva no futuro".

"Há um mês, o futuro desta grande empresa americana estava em dúvida", acrescentou o presidente. "Agora, como resultado do compromisso substancial do Governo dos EUA e com os sacrifícios de todas as partes envolvidas, a Chrysler tem uma nova oportunidade", disse.

A aprovação da fusão com a Fiat é o último e definitivo passo para a montadora deixar a concordata, declarada em 30 de abril. A companhia oriunda desse processo originará o chamado Grupo Chrysler.

Desta forma, a empresa cumprirá a exigência do Governo de Obama, que estabeleceu o fim da concordata em um prazo máximo de 60 dias.

A Chrysler entrou nessa situação depois de um grupo de credores ter rejeitado o cancelamento de US$ 6,9 bilhões em dívidas em troca de receber US$ 2 bilhões em dinheiro.

De nada serviram as ajudas concedidas pelo Tesouro americano entre o final de 2008 e o início deste ano, que chegaram a US$ 8 bilhões.

O presidente e executivo-chefe da Chrysler, Robert Nardelli, se mostrou hoje satisfeito pela decisão do juiz, que permitirá lançar o grupo "como uma nova companhia vibrante formada com Fiat".

A empresa disse que suas operações no México, Canadá e em outros países serão adquiridas pelo Grupo Chrysler.

Hoje foi a vez da General Motors (GM) pedir concordata, diante do mesmo juiz. A companhia tentará sair deste processo de maneira ainda mais rápida, com a ajuda dos Governos americano e canadense.

O juiz de Nova York tomou a decisão após três dias de audiências com Nardelli, que assumiu as funções de máximo executivo durante o processo de concordata e agora será substituído por um executivo de fora da Chrysler, Robert Kidder.

Nem todos os credores da empresa se mostraram de acordo com a decisão do juiz. O fundo de pensões que reúne os direitos dos policiais e professores do estado americano de Indiana, que possui 1% da montadora e que se opunha à fusão com Fiat, apresentou hoje um recurso.

A decisão do juiz González permitirá à Chrysler vender seus ativos, incluindo suas fábricas e concessionárias mais rentáveis, ao grupo surgido da fusão com a Fiat.

O novo Grupo Chrysler será controlado majoritariamente por uma sociedade fiduciária vinculada ao sindicato do setor automotivo United Auto Workers (UAW), que contará com participação de 55%, enquanto que a Fiat controlará inicialmente 20%, percentagem que poderá crescer a 35% caso certos objetivos sejam alcançados.

O Departamento do Tesouro dos EUA e o UAW fecharam um acordo o qual determina que o sindicato não participará da gestão da nova Chrysler, tarefa que ficará totalmente nas mãos da Fiat, apesar de possuir mais ações.

Entre os acionistas minoritários estão os Governos americano, com 8% do total dos títulos, e canadense, com 2%.

A decisão do juiz também permitirá que a Chrysler se livre de alguns ativos que estavam arrastando suas contas, como oito fábricas não rentáveis e acordos com 789 concessionárias, que agora podem ser cancelados, com a consequente perda de milhares de postos de trabalho. EFE

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações