BC da Argentina está otimista com inflação, mas vê necessidade de mais trabalho nas reservas cambiais

Reuters

Publicado 24.04.2024 13:40

BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina está otimista de que a taxa de inflação mensal do país diminuirá mais rapidamente do que o esperado por analistas, segundo uma apresentação da instituição, mas vê mais trabalho a ser feito para repor os níveis de reserva de moeda estrangeira.

O país está lutando para restaurar a estabilidade econômica sob o comando do novo presidente libertário Javier Milei, em meio a uma das piores crises em décadas, com inflação anual próxima a 300%, reservas de moeda estrangeira esgotadas e aumento dos níveis de pobreza.

Milei promoveu um duro pacote de austeridade que conquistou os mercados e os investidores, com cortes acentuados de gastos e foco na reversão de um profundo déficit fiscal após anos de gastos excessivos de governos de esquerda e direita.

Uma apresentação do banco central, feita pelo vice-presidente Vladimir Werning em Washington e compilando uma série de dados, mostrou que o banco central espera que a inflação mensal caia para 9% este mês e 5,8% em maio, abaixo do pico de mais de 25% em dezembro.

Isso estaria abaixo de sua própria pesquisa mais recente com analistas, de 10,8% e 9% para este mês e o próximo, indicando suposições mais confiantes sobre as perspectivas de preços, um dos principais desafios econômicos da Argentina, com a inflação anual mais alta do mundo.