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Publicado 06.07.2022 14:11
Investing.com - Enquanto há um mês, o dólar estava cotado a R$ 4,7945, nesta quarta-feira a cotação da moeda americana ronda os R$ 5,45. E a tendência é que ele se mantenha em patamares elevados, com real enfraquecido, segundo relatório divulgado ao mercado pelo banco BTG (BVMF:BPAC11). Entre os motivos, o risco fiscal - que aumenta com a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Eleitoral, ou dos Auxílios - aliado aos receios sobre uma ação mais enfática na política monetária restritiva dos Estados Unidos, com alta de juros pelo Federal Reserve, o banco central americano.
Na visão do banco, mesmo com a indisponibilidade dos dados oficiais sobre fluxo, o BTG aponta como provável motivo a saída pela conta financeira. Além da depreciação, o real teve uma alta na volatilidade nas últimas semanas com o noticiário interno trazendo “novas ameaças às contas públicas”, de acordo com o documento.
Em busca do controle inflacionário, o Federal Open Market Committee (FOMC) elevou as taxas de juros em 0,75 ponto percentual em junho. Dessa forma, os fed funds estão entre 1,50% e 1,75%, em um ritmo de aperto monetário que não era usual. A política monetária restritiva impacta de forma negativa os fluxos para moedas emergentes - incluindo a brasileira - no curto prazo. Após movimento hawkish do Fed, o BTG aumentou a expectativa de fed funds rate para 3,625% em 2022, com previsão de com uma elevação de 75 bps na reunião de julho.
Com isso, o BTG aponta que as moedas emergentes sofreram depreciação, de forma geral, nos últimos 30 dias. Os destaques são o peso colombiano e o peso chileno, moedas de países que passaram por eleições presidenciais recentes, além do real - e o Brasil se aproxima do pleito em outubro deste ano. Segundo o banco, isso ocorreu devido ao movimento mais hawkish do Fed na reunião de junho.
Tramita na Câmara dos Deputados PEC aprovada pelo Senado para ampliar benefícios às vésperas das eleições. O texto amplia o vale-gás, o Auxílio Brasil e cria um auxílio caminhoneiro, entre outras medidas, com impacto fiscal de R$ 41,25 bilhões, fora do Teto de Gastos. Se a PEC for aprovada, os recursos serão liberados por meio da abertura de créditos extraordinários.
O BTG acredita que a elevação do risco fiscal a partir das medidas tende a afetar o real no curto prazo e ele deve ser negociado “consistentemente acima de R$/US$ 5,00 nos próximos meses”.
No entanto, o BTG mantém projeção para o final de 2022 para um dólar em R$4,80, ponderando para um um cenário pessimista com apertos nas condições financeiras nos mercados globais de forma mais rápida do que era esperado anteriormente. A expectativa é que, depois do pico, a moeda brasileira volte a ser apreciada com redução da incerteza eleitoral e elevado superávit comercial.
Escrito por: Investing.com
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