Reuters
Publicado 24.05.2022 10:14
Por Eliana Raszewski
BUENOS AIRES (Reuters) - As notas de peso argentino, desvalorizadas por anos de inflação galopante, agora de quase 60%, estão começando a causar uma pressão literal nas carteiras da população, com a maior cédula em circulação valendo menos de 5 dólares nos mercados de câmbio comumente usados.
Isso significa que as pessoas precisam carregar enormes maços de dinheiro, um problema de segurança e dor de cabeça logística para poupadores, empresas e bancos.
A situação isola a Argentina na América Latina, exceto, talvez, pela Venezuela. As maiores notas no México e no Peru valem cerca de 50 dólares, enquanto no Brasil são o equivalente a cerca de 40 dólares. No Chile e na Colômbia chegam a cerca de 25 dólares e, no Paraguai, a 15 dólares.
Na Argentina, a nota de mil pesos vale, tecnicamente, 8,40 dólares usando a taxa de câmbio oficial, mas, com controles de capital rígidos limitando as compras em moeda estrangeira, a maioria das pessoas usa mercados paralelos onde a mesma quantia rende 4,80 dólares.
Há dez anos, mil pesos valiam 200 dólares. Até cerca de duas décadas atrás, a mesma quantia lhe daria mil dólares.
"Tenho que carregar aquele maço enorme de notas na carteira, porque não cabe nos bolsos, e tenho medo de ser assaltada", disse Laura, de 40 anos, advogada da capital Buenos Aires.
"A nota de mil pesos não dá mais para nada. O aluguel (mensal) da minha casa é de pouco mais de 50 mil pesos."
O baixo valor da maior cédula disponível significa que muitas empresas da economia dependente de dinheiro físico ficam com enormes pilhas de notas ao final do dia. Não é incomum que as pessoas cheguem para pagar despesas maiores com grandes blocos de dinheiro vivo.
“A denominação das notas está muito dissociada da média de transações da economia”, disse Camilo Tiscornia, diretor da C&T Asesores Económicos, acrescentando que isso gera ineficiências no mercado. "Você tem que fazer pagamentos ridículos com um enorme número de notas."
Escrito por: Reuters
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.