Dólar acelera queda após dados de inflação dos EUA em linha com expectativa

Reuters

Publicado 13.09.2023 09:09

Atualizado 13.09.2023 10:20

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar acelerou a queda frente ao real na manhã desta quarta-feira, com operadores do mundo inteiro reagindo a dados de inflação dos Estados Unidos que vieram amplamente em linha com o esperado e não alteraram expectativas de que o Federal Reserve deixará sua política monetária inalterada na semana que vem.

Às 10:01 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,44%, a 4,9325 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 10:01 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,33%, a 4,9445 reais.

Os preços ao consumidor dos Estados Unidos subiram no ritmo mais forte em mais de um ano em agosto devido à alta no custo da gasolina, mas houve um aumento apenas moderado no núcleo da inflação, mostraram dados nesta quarta-feira.

O índice de preços ao consumidor aumentou 0,6% no mês passado, acumulando avanço de 3,7% em 12 meses. Economistas consultados pela Reuters projetavam que o índice aumentaria 0,6% no mês passado e avançaria 3,6% na base anual.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e da energia, o índice aumentou 0,3% no mês, com ganho de 4,3% em 12 meses. Esse foi o menor aumento anual desde setembro de 2021 e seguiu ganho de 4,7% em julho.

"Acho que não houve surpresas com a divulgação do índice, acho que (os dados) vieram em linha com o que o mercado esperava, o que reforça uma estancada nessa alta de juros nos Estados Unidos", disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

"Se o índice viesse muito acima do esperado, acredito que não faria preço para essa reunião da semana que vem, mas para a próxima sim, poderia elevar a expectativa de um aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. Mas, como veio em linha, eu acho que fica bem tranquilo no que tange a precificação do mercado."

Operadores esperam amplamente que o Federal Reserve mantenha sua taxa básica de juros quando se reunir nos dias 19 e 20 de setembro, e, embora ainda estejam divididos quanto aos encontros subsequentes, cresceram as chances de manutenção da política monetária até o fim deste ano.